O que precisa de saber hoje sobre a guerra na Ucrânia

Afundou-se o cruzador de mísseis Moskva. Era o mais importante da frota russa no Mar Negro. Rússia e Ucrânia discordam sobre a origem de explosões no navio. Fortes explosões em Kiev, Kherson e Kharkiv. Sirenes antiataque aéreo ouvidas em todo o país.

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Actualizado às 01h00

Afundou-se o cruzador de mísseis Moskva, o mais importante da frota russa no mar Negro. A Ucrânia diz que os danos no navio se deveram à explosão de munições a bordo, após disparos das suas tropas. Já a Rússia falou apenas num incêndio. Todos os tripulantes foram retirados e vários ficaram feridos.​

► Foram ouvidas fortes explosões em Kiev, Kherson, Kharkiv, Bila Tserkva, na região da capital, e Ivano-Frankivsk, mais perto de Lviv. Sirenes de alerta para ataque aéreo soaram em todo o país.

​► O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que é “totalmente correcto” classificar as acções da ofensiva militar russa na Ucrânia como “genocídio”.

​► O vice-presidente do Conselho de Segurança e ex-Presidente russo, Dmitri Medvedev, ameaçou com o destacamento de armas nucleares no Báltico se a Suécia e a Finlândia aderirem à NATO. Medvedev acrescentou ainda que será necessário reforçar as defesas terrestre, antiaérea e naval nas águas do Golfo da Finlândia.​

O Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu à UE que deixe de “patrocinar a máquina militar russa”, voltando a apelar a um embargo ao petróleo de Moscovo.​

​► Navalny pediu ao Ocidente uma avalanche de "informação” para combater a “propaganda” russa. “É com uma campanha publicitária que uma campanha nacional antiguerra começa.”​

Moscovo diz que o ataque de helicópteros ucranianos na região de Briansk, na Rússia atingiu edifícios residenciais e feriu sete pessoas. De acordo com o governador da região de Belgorod, a aldeia também foi atacada, mas ninguém ficou ferido. Kiev negou as acusações de bombardeamentos pelas suas tropas.

O Presidente russo continua a mostrar interesse na região do Donbass, diz o Ministério da Defesa britânico, acrescentando que as cidades de Kramatorsk e Kostiantinivka são “alvos prováveis” dos russos.

​► A autarquia de Mariupol revelou que morreram cerca de 20 mil pessoas na sequência dos ataques russos à cidade sitiada no mar de Azov. Teme, contudo, que o número de vítimas mortais possa chegar a 35 mil nos próximos dias.

Mais de 4,7 milhões de ucranianos fugiram do país desde o início da russa, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR). Cerca de 90% dos deslocados são mulheres e crianças.

​► A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuvk, anunciou a abertura de nove corredores humanitários para retirar a população ucraniana das cidades mais afectadas pelo conflito, como Berdiansk, Tokmak, Enerhodar e Mariupol.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia alertou para a vaga de adopções ilegais de milhares de crianças por parte de Moscovo e apelou às Nações Unidas (ONU) para facilitar o regresso dos menores que foram “deportados ilegalmente” para a Rússia.

O director da CIA, William Burns, revelou que os serviços de inteligência dos Estados Unidos começaram a recolher informações sobre uma “nova e importante invasão” por parte da Rússia à Ucrânia no Outono passado.​

​► Moldova acusou a Rússia de tentar recrutar cidadãos da região separatista da Transnístria, para o exército russo. A Ucrânia estima que 1500 tropas russas estejam no território, mas as autoridades da Transnístria negaram que a Rússia esteja a efectuar operações militares na região para atingir a Ucrânia.​

​► Rússia e Ucrânia chegaram a novo acordo para a libertação de 30 prisioneiros de guerra ucranianos. Segundo a vice-primeira ministra, Irina Vereshchuk, foram libertados cinco oficiais, 17 militares e oito civis. Kiev não especificou o número de prisioneiros russos libertados em troca.​