Um orçamento para cumprir o ritual

Perante a incerteza da inflação e da quase inevitável perda do poder compra e o desejo de manter a situação financeira sob o controlo possível, o que se anuncia é um orçamento defensivo, contingente e transitório.

O ministro das Finanças chamou-lhe “meio Orçamento”. O Presidente da República avisou que “terá de ser reapreciado à medida que a situação evoluir”. O primeiro-ministro reconheceu que “vivemos um ciclo marcado por problemas” e, numa determinação própria de quem se abriga até que a tempestade passe, manteve o essencial do Orçamento do Outono e tratou de receitar medidas avulsas para aplacar o drama da inflação. A conclusão é óbvia: este é um orçamento condenado a ser rectificado, uma criação destinada apenas a cumprir um ritual.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ministro das Finanças chamou-lhe “meio Orçamento”. O Presidente da República avisou que “terá de ser reapreciado à medida que a situação evoluir”. O primeiro-ministro reconheceu que “vivemos um ciclo marcado por problemas” e, numa determinação própria de quem se abriga até que a tempestade passe, manteve o essencial do Orçamento do Outono e tratou de receitar medidas avulsas para aplacar o drama da inflação. A conclusão é óbvia: este é um orçamento condenado a ser rectificado, uma criação destinada apenas a cumprir um ritual.