Liga dos Campeões: Real Madrid sobreviveu, Bayern Munique não

Os madridistas estiveram a perder 0-3, mas afastaram o Chelsea. Os bávaros foram melhores, mas deixaram-se empatar pelo Villarreal.

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EPA/Sergio Perez

A vantagem após a primeira mão era espanhola e, no final, Real Madrid e Villarreal seguraram o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões. Porém, os dois primeiros jogos dos quartos-de-final da competição foram uma montanha-russa de emoções. Com dois golos de vantagem, o Real Madrid deixou-se dominar pelo Chelsea e esteve a perder no Santiago Bernabéu por 0-3, mas adiou a decisão da eliminatória para o prolongamento, altura em que Benzema voltou a ser decisivo. Em Munique, o Bayern dominou do início ao fim, mas a estratégia defensiva do Villarreal seria premiada com um golo aos 88’, que deixou os bávaros KO.

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A vantagem após a primeira mão era espanhola e, no final, Real Madrid e Villarreal seguraram o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões. Porém, os dois primeiros jogos dos quartos-de-final da competição foram uma montanha-russa de emoções. Com dois golos de vantagem, o Real Madrid deixou-se dominar pelo Chelsea e esteve a perder no Santiago Bernabéu por 0-3, mas adiou a decisão da eliminatória para o prolongamento, altura em que Benzema voltou a ser decisivo. Em Munique, o Bayern dominou do início ao fim, mas a estratégia defensiva do Villarreal seria premiada com um golo aos 88’, que deixou os bávaros KO.

Há uma semana, em Stamford Bridge, o resultado e a exibição do Real Madrid pareciam ter sentenciado a eliminatória, mas, durante 80 minutos, o Chelsea calou o Santiago Bernabéu e a repetição do que tinha acontecido na época passada, quando os ingleses afastaram os espanhóis, parecia uma inevitabilidade.

Com uma atitude corajosa, os “blues” pegaram no jogo desde o início e, logo aos 15’, Werner assistiu Mason Mount para o 0-1. Com os jogadores do Real a denotarem nervosismo, o Chelsea manteve a atitude ambiciosa, mas apenas após o intervalo empatou a eliminatória: aos 51’, Rudiger marcou de cabeça, após um pontapé de canto.

Sem que o Real conseguisse inverter a tendência da partida, a equipa de Thomas Tuchel não baixou a intensidade e, justificando o ascendente, chegou ao 0-3: após um bom lance individual, e com alguma felicidade à mistura, Timo Werner bateu Courtois.

Quase de seguida, Kai Havertz esteve muito perto de fazer o quarto dos londrinos, mas, com uma assistência tremenda de Modric, foi o Real que marcou, por Rodrygo (acabado de entrar), forçando um prolongamento de 30 minutos. Nesse período, emergiu o grande protagonista da eliminatória: após o hat-trick de Londres, Benzema fez, aos 97’, o golo que garantiu o apuramento dos espanhóis e afastou, de forma inglória, o detentor do título.

Defender com todos

No Allianz Arena, o Bayern Munique precisava de apenas um golo para anular a desvantagem registada em Villarreal, mas o “submarino amarelo” afundou os bávaros. Com a possibilidade de conseguir um apuramento europeu para a próxima época via Liga espanhola praticamente reduzida a zero, após duas derrotas e um empate nas últimas três jornadas, Unai Emery apostou todas as fichas na Liga dos Campeões e, em Munique, o plano de jogo espanhol foi claro: defender, se necessário com os 11 jogadores acantonados na sua área, e esperar por um golpe de fortuna.

A estratégia resultou em pleno. Com as linhas recuadas, nenhum pudor em fazer antijogo e índices de agressividade elevados, o Villarreal, com o avançar do relógio, foi conseguindo enervar o adversário.

O resultado foi um duelo com paragens a mais — com permissão do árbitro Slavko Vincic — e qualidade a menos. Com o “submarino amarelo” atracado à frente da baliza de Rulli, os germânicos na primeira parte foram superiores (9-1 em remates; 40-10 em ataques), mas o domínio traduziu-se em tiros de pólvora seca.

Após o intervalo, bastaram meia dúzia de minutos para o filme do jogo parecer mudar. Depois de um erro de Dani Parejo, Müller assistiu Lewandowski que, com o instinto goleador habitual, fez o 13.º golo da época na Liga dos Campeões. Mudanças na estratégia de Emery? Nem por isso. Com a eliminatória empatada, o Villarreal continuou a defender, a perder tempo sempre que possível e a esperar que, num dos raros ataques, surgisse um momento feliz.

E foi o que aconteceu. Aos 88’, com os espanhóis todos no seu meio-campo, Parejo redimiu-se do erro no golo do Bayern e, após recuperar a bola, deu início a uma jogada que passou por Moreno e terminou com um remate do nigeriano Samuel Chukwueze, que colocou o Bayern fora da Liga dos Campeões.