Pintor Jorge Queiroz vence primeira edição do Sovereign Portuguese Art Prize
A obra Duende foi escolhida entre trinta finalistas, que estarão expostas, a partir desta quarta-feira, no Palácio das Artes, no Porto.
O artista português Jorge Queiroz tornou-se esta terça-feira o primeiro vencedor da primeira edição do Sovereign Portuguese Art Prize, tendo sido escolhido por um júri que incluiu os artistas Ai Weiwei e Joana Vasconcelos, e que distinguiram a sua obra Duende.
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O artista português Jorge Queiroz tornou-se esta terça-feira o primeiro vencedor da primeira edição do Sovereign Portuguese Art Prize, tendo sido escolhido por um júri que incluiu os artistas Ai Weiwei e Joana Vasconcelos, e que distinguiram a sua obra Duende.
Nascido em 1966 e mestre em Belas Artes pela School of Visual Arts, nos Estados Unidos da América, Jorge Queiroz inaugura assim o palmarés deste novo prémio, que deverá passar a ser atribuído anualmente.
“Duende invoca um forte sentido de polaridade, existente no espaço entre o sentido e o absurdo, o lógica e o ilógico, o consciente e o inconsciente, cheio e vazio, abstrato e figurativo, narrativo e fragmento”, lê-se no site da Sovereign Art Foundation (SAF), a instituição que promove este prémio, “fundada em 2003 para reconhecer, apoiar e promover o talento da arte contemporânea e levar os benefícios terapêuticos da arte a crianças carenciadas”.
Além dos artistas Ai Weiwei e Joana Vasconcelos, o júri que elegeu Jorge Queiroz integrou profissionais da arte contemporânea, como o primeiro director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Vicente Todolí, o actual director do Museu de Serralves, Philippe Vergne, o curador e ex-director do Mori Art Museum, em Tóquio, David Elliott, o director executivo do Design Museum, em Londres, Tim Marlow, e ainda a directora da Phillips em Portugal e Espanha, Maura Marvão.
As 30 obras finalistas foram seleccionadas de entre um total de 214 obras de artistas indicados por “um conselho de 19 profissionais independentes da área das artes, composto por curadores, coleccionadores e académicos”, indica a organização do prémio.
Estas 30 obras, e ainda outras tantas que concorrem ao Prémio SAF Students Portugal 2022 – cujo vencedor será anunciado a 22 de Maio –, podem ser vistas gratuitamente desta quarta-feira ao dia 30 de Abril, no Palácio das Artes, no Porto, sede da Fundação Juventude.
As peças serão depois transferidas para a Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa, onde permanecerão entre 27 de Maio e 18 de Junho, seguindo então para o Museu Berardo Estremoz, no distrito de Évora, onde estarão em exibição de 22 de Junho a 15 de Agosto. Há ainda a intenção de que sejam apresentadas no Algarve, em local e data ainda por definir.
Para além do prémio atribuído pelo júri, a organização promove um prémio do voto do público, que será divulgado em Agosto e que atribui dois mil euros ao artista mais votado.
Todas as obras finalistas, com excepção da vencedora, estão à venda online, por preços que variam entre os 1.700 e os 24 mil euros. Metade das receitas destas vendas são para os artistas, sendo a outra metade destinada a financiar programas de artes que apoiem crianças desfavorecidas em Portugal.
Nesta sua edição inaugural, o Sovereign Portuguese Art Prize seleccionou, além de Jorge Queiroz, mais 29 finalistas: Inês Botelho, José Loureiro, Cecília Costa, Luísa Mota, Avelino Sá, Yuri Firmeza, Vasco Mourão, Paulo Arraiano, Teresa Esgaio, Jorge Queiroz, Ana Mendes, Rui Pedro Jorge, Horácio Frutuoso, Salomé Lamas, Manuela Pimentel, Manuel Caeiro, Edgar Martins, Nuno Sousa Vieira, Rui Moreira, João Jacinto, António Júlio Duarte, Saskia Moro, Isaque Pinheiro, Pedro Batista, André Príncipe, Miguel Branco, Maria Almeida Cunha Alegre, Pedro Vaz, Maria Trabulo e Vasco Araújo.