Empresas vão ter até 400 mil euros para financiar compra de gás

Governo reserva 160 milhões de euros para subsidiar gás à indústria. Objectivo é suportar até 30% do custo.

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O ministro da Economia, Costa Silva Rui Gaudencio

O Governo vai avançar com subsídios a fundo perdido de 160 milhões de euros para apoiar “mais de três mil empresas” que sejam utilizadoras intensivas de gás natural para que possam preservar a capacidade produtiva e emprego.

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O Governo vai avançar com subsídios a fundo perdido de 160 milhões de euros para apoiar “mais de três mil empresas” que sejam utilizadoras intensivas de gás natural para que possam preservar a capacidade produtiva e emprego.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, revelou nesta segunda-feira que as empresas abrangidas são todas aquelas com “custos de aquisição de gás que sejam duas vezes maiores” aos custos médios de 2021 – tendo como referência o período entre Fevereiro e Dezembro.

Costa Silva explicou que os apoios permitirão cobrir 30% da diferença entre os custos incorridos em 2021 e os incorridos em 2022, com um limite de 400 mil euros por empresa.

Para se candidatarem, as empresas devem estar “inseridas em sectores com utilização intensiva de gás “, ou ter “um custo total nas aquisições de gás em 2021 superior a 2% do volume de negócios anual”.

O compromisso do Governo é dar resposta às candidatas (através do Iapmei) num máximo de dez dias, disse o ministro.

Os sectores estão identificados, apontou. Entre eles estão as cerâmicas, o têxtil, os vidros e as cimenteiras, exemplificou.

A ideia é “apoiar a liquidez das empresas e assegurar a continuidade da [sua] operação para preservar o emprego”, afirmou Costa Silva.