Reportagem
“Não é por estudar que deixo de ser cigana”
O acesso à educação secundária e superior, na população cigana, ainda exige alguma luta. Em casa de Bianca Coutinho os pais também aprendem, sobretudo o pai. “Disse-lhe que não devemos ter vergonha de sermos quem somos, que devemos substituir a vergonha por luta – luta por mais educação, mais emprego, mais oportunidades, mais inclusão.” Esta sexta-feira é Dia Internacional das Pessoas Ciganas.
Bianca Coutinho gosta de fazer de conta que os pais são seus alunos. Desde que deixou o centro de actividades de tempos livres e teve de começar a estudar sozinha, de vez em quando pede-lhes que se sentem à mesa e explica-lhes as matérias. O pai até comprou um quadro branco para as aulas.