Sem salários indexados à inflação, poder de compra fica nas mãos do Governo
Em Portugal não existe a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação, tanto no sector privado como no público. Medida não agrada aos bancos centrais, mas também não gera grande entusiasmo junto dos sindicatos e das empresas. Uns porque querem aumentos maiores e as outras porque alertam que o tecido empresarial não aguenta aumentos ao nível da inflação e pedem apoios públicos.
Não existe no mercado de trabalho português a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação. Uma realidade que vai ao encontro das recomendações dos bancos centrais, que temem que se crie uma espiral inflacionista, mas que, para muitos portugueses, aumenta o risco de perda de poder de compra durante os próximos meses. A dimensão da perda vai depender, contudo, daquilo que o Governo decidir fazer no decorrer deste ano e do próximo com os salários dos funcionários públicos e em relação às medidas de apoio às empresas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Não existe no mercado de trabalho português a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação. Uma realidade que vai ao encontro das recomendações dos bancos centrais, que temem que se crie uma espiral inflacionista, mas que, para muitos portugueses, aumenta o risco de perda de poder de compra durante os próximos meses. A dimensão da perda vai depender, contudo, daquilo que o Governo decidir fazer no decorrer deste ano e do próximo com os salários dos funcionários públicos e em relação às medidas de apoio às empresas.