Descoberto o túmulo original de Cristóvão Colombo sob as ruas de Valladolid
O navegador terá tido a sua primeira sepultura num convento entretanto demolido e que ficaria na actual Rua da Constitución daquela cidade espanhola. A maioria dos investigadores acredita que os seus restos mortais viriam, depois de muitas viagens, a ser transferidos para a Catedral de Sevilha, onde ainda hoje se encontram.
Depois de anos de pesquisa, ter-se-á desvendado mais um dos mistérios da vida de Cristóvão Colombo: a localização do seu primeiro túmulo. Tal como muita da informação relacionada com a vida do navegador que chegou à América ao serviço da coroa espanhola, durante muito tempo o paradeiro da sua sepultura original – o seu túmulo actual é uma das atracções da Catedral de Sevilha – permaneceu desconhecido.
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Depois de anos de pesquisa, ter-se-á desvendado mais um dos mistérios da vida de Cristóvão Colombo: a localização do seu primeiro túmulo. Tal como muita da informação relacionada com a vida do navegador que chegou à América ao serviço da coroa espanhola, durante muito tempo o paradeiro da sua sepultura original – o seu túmulo actual é uma das atracções da Catedral de Sevilha – permaneceu desconhecido.
A investigação foi conduzida por Marcial Castro, historiador da Universidade de Granada, que desde 2002 se dedica a desvendar Colombo, no âmbito do projecto internacional dedicado ao estudo do seu ADN. Recorde-se que a origem do navegador, que muitos acreditam ter nascido em Génova em 1451, é ainda tema de discórdia entre os especialistas.
De acordo com a Euronews, o historiador conseguiu aferir a localização do túmulo, que ficaria na actual Rua de la Constitución, em Valladolid (Espanha), sobrepondo duas plantas (uma da área actual e a outra do século XIX), e assim confirmando a existência prévia de uma capela mapeada por um monge franciscano.
Os resultados parciais, apresentados na quinta-feira no Museu Naval de Madrid, revelam que Colombo terá sido originalmente sepultado numa capela pertencente ao fidalgo Luis de la Cerda, que se encontra hoje sob a Rua de la Constitución. A chave para esta descoberta foi uma investigação por georradar, que revelou o que sobra do Convento de São Francisco, demolido em 1876, onde a capela estava inserida.
Ao El País, o historiador diz que “com Colombo, tudo é um caos”, desde a sua origem até aos diversos locais onde o seu corpo foi repousando. Sabe-se que morreu em Valladolid a 20 de Maio de 1506, mas as suas viagens continuaram mesmo depois da morte. Acredita-se que, por volta de 1510, os restos mortais do navegador foram levados para Sevilha pela sua nora. No entanto, em 1523, o corpo foi transferido para a ilha de Hispaniola (território actualmente compartilhado pela República Dominicana e pelo Haiti), onde Colombo manifestou querer ser enterrado. Ali permaneceu, na Catedral de Santo Domingo, até 1723, tendo depois viajado para Havana, onde ficou até 1898.
A sua paragem final foi a Catedral de Sevilha, onde se encontra actualmente numa sepultura construída por Arturo Mélida, arquitecto e artista espanhol. A autenticidade deste enterramento foi confirmada em 2003, pelo mesmo Marcial Castro e por José Antonio Lorente, perito em ADN e professor de Medicina Legal e Forense da Universidade de Granada, que analisaram os ossos do túmulo sevilhano. No entanto, 0 debate sobre o local onde o navegador repousa não está totalmente encerrado, já que a República Dominicana defende que o corpo se encontra ainda na Catedral de Santo Domingo, numa caixa com a inscrição “Cristóvão Colombo”, encontrada em 1877, recusando os resultados da análise de ADN de Lorente e da sua equipa.
O navegador que terá nascido em Génova (Itália) entre 22 de Agosto e 31 de Outubro de 1451 liderou a frota que, em 1492, fez a chamada viagem de descoberta da América, território já então habitado. Atravessou o Oceano Atlântico com o objectivo de alcançar a Índia, tendo acabado por descobrir as ilhas das Caraíbas (Antilhas) e a costa do Golfo do México.