Pedro Barreiro sucede a Rui Horta na direcção do Espaço do Tempo

Após dois meses de um muito discutido processo de selecção, Rui Horta encontrou no programador da Rua das Gaivotas 6 o seu sucessor. Em Outubro começa a passagem de testemunho numa das mais vitais estruturas independentes das artes performativas em Portugal.

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Passagem de testemunho no Espaço do Tempo: a Rui Horta (à direita na foto), segue-se Pedro Barreiro

Foram mais de dois meses de um rigoroso escrutínio de mais de duas dezenas de candidatos até Rui Horta, com confessada surpresa, se ver diante da decisão de escolher como seu sucessor na direcção artística do Espaço do Tempo alguém com quem construiu uma profunda cumplicidade nos últimos anos: Pedro Barreiro (actual programador da Rua das Gaivotas 6, espaço gerido pelo Teatro Praga, em Lisboa). Esta não era a primeira tentativa de o coreógrafo passar o testemunho da estrutura artística que fundou há 22 anos em Montemor-o-Novo, no seu regresso a Portugal e se tornou uma fundamental sala de partos para artes performativas portuguesas. Mas não quis abandonar o barco nos anos da troika ou na sequência dos estragos causados por um furacão no edifício do Convento da Saudação. Agora, por ironia dos tempos, entrega o seu projecto a Pedro Barreiro numa altura em que a incerteza deixada pelos tempos de guerra ameaça deixar marcas num mundo que se pensava global e que terá de se reinventar nos próximos anos.

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Foram mais de dois meses de um rigoroso escrutínio de mais de duas dezenas de candidatos até Rui Horta, com confessada surpresa, se ver diante da decisão de escolher como seu sucessor na direcção artística do Espaço do Tempo alguém com quem construiu uma profunda cumplicidade nos últimos anos: Pedro Barreiro (actual programador da Rua das Gaivotas 6, espaço gerido pelo Teatro Praga, em Lisboa). Esta não era a primeira tentativa de o coreógrafo passar o testemunho da estrutura artística que fundou há 22 anos em Montemor-o-Novo, no seu regresso a Portugal e se tornou uma fundamental sala de partos para artes performativas portuguesas. Mas não quis abandonar o barco nos anos da troika ou na sequência dos estragos causados por um furacão no edifício do Convento da Saudação. Agora, por ironia dos tempos, entrega o seu projecto a Pedro Barreiro numa altura em que a incerteza deixada pelos tempos de guerra ameaça deixar marcas num mundo que se pensava global e que terá de se reinventar nos próximos anos.