Roma, vida violenta

Uma obra-prima, não só uma primeira obra de Pier Paolo Pasolini.

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Primeira longa-metragem de Pasolini, estreada em 1961, é uma espécie de prolongamento, ou transposição cinematográfica, do romance que publicara dois antes, Uma Vida Violenta. “Transposição”, não “adaptação”: o cenário é o mesmo, o espírito e o ambiente são os mesmos, o sentido trágico é aproximável, mas a narrativa é outra, criada por Pasolini para o filme. Também por isso, quando, no ano seguinte, Uma Vida Violenta foi propriamente adaptado ao cinema (por Paolo Heusch e Brunello Rondi, sem intervenção directa de Pasolini, mas com o mesmo protagonista de Accattone, Franco Citti), o filme tenha parecido aos espectadores seus contemporâneos (e talvez ainda aos de agora: Una Vita Violenta está incluído no ciclo de “Pasolini Revisitado” na Cinemateca) um Accattone, Parte II, uma ligeira redundância face ao que Pasolini concebera para a sua estreia. Serão pormenores, mas relações entre estes filmes e livros (não esquecer também Ragazzi di Vita que Pasolini publicara antes da Vida Violenta) mostram a continuidade entre a literatura e o cinema de Pasolini (e não esquecer também o Mamma Roma que se seguiu a Accattone e também o prolonga), sobretudo nestes primeiros anos de actividade como realizador.

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Primeira longa-metragem de Pasolini, estreada em 1961, é uma espécie de prolongamento, ou transposição cinematográfica, do romance que publicara dois antes, Uma Vida Violenta. “Transposição”, não “adaptação”: o cenário é o mesmo, o espírito e o ambiente são os mesmos, o sentido trágico é aproximável, mas a narrativa é outra, criada por Pasolini para o filme. Também por isso, quando, no ano seguinte, Uma Vida Violenta foi propriamente adaptado ao cinema (por Paolo Heusch e Brunello Rondi, sem intervenção directa de Pasolini, mas com o mesmo protagonista de Accattone, Franco Citti), o filme tenha parecido aos espectadores seus contemporâneos (e talvez ainda aos de agora: Una Vita Violenta está incluído no ciclo de “Pasolini Revisitado” na Cinemateca) um Accattone, Parte II, uma ligeira redundância face ao que Pasolini concebera para a sua estreia. Serão pormenores, mas relações entre estes filmes e livros (não esquecer também Ragazzi di Vita que Pasolini publicara antes da Vida Violenta) mostram a continuidade entre a literatura e o cinema de Pasolini (e não esquecer também o Mamma Roma que se seguiu a Accattone e também o prolonga), sobretudo nestes primeiros anos de actividade como realizador.