A vida, que é complexa e ambígua, como se sabe, compõe-se também daquilo que ocultamos aos outros, e que por vezes é muito; é feita da dificuldade, ou mesmo da impossibilidade, de decifrarmos aqueles com quem privamos, incluindo os que nos são mais chegados, pois como escreveu Dickens, “cada coração palpitante é um segredo para o coração mais próximo”. Vem esta ideia a propósito do mais recente livro de Javier Marías (n. 1951), Tomás Nevinson, que não sendo uma sequela do inquietante Berta Isla (Alfaguara, 2018), decorre no mesmo universo nebuloso de segredos conjugais, de dilemas morais e de interrogações, de espiões.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A vida, que é complexa e ambígua, como se sabe, compõe-se também daquilo que ocultamos aos outros, e que por vezes é muito; é feita da dificuldade, ou mesmo da impossibilidade, de decifrarmos aqueles com quem privamos, incluindo os que nos são mais chegados, pois como escreveu Dickens, “cada coração palpitante é um segredo para o coração mais próximo”. Vem esta ideia a propósito do mais recente livro de Javier Marías (n. 1951), Tomás Nevinson, que não sendo uma sequela do inquietante Berta Isla (Alfaguara, 2018), decorre no mesmo universo nebuloso de segredos conjugais, de dilemas morais e de interrogações, de espiões.