Medo, tráfico e um bairro labiríntico: “Isto é um faroeste em pleno Porto”

Vereadora da CDU visitou o bairro da Pasteleira, mas só uma das munícipes que tinha pedido a sua intervenção apareceu para lhe explicar, e fora do local, a situação grave em que vivem.

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Ilda Figueiredo vai propor uma intervenção multidisciplinar do município neste bairro afectado pelo tráfico de droga ADRIANO MIRANDA/PUBLICO

Quando as queixas de moradores da Pasteleira Nova se avolumaram no gabinete de Ilda Figueiredo, a vereadora da CDU prometeu uma visita ao bairro para ver ao vivo o cenário “terrível” que lhe descreviam. Tráfico e moradores “sequestrados” por traficantes, tiros, ameaças, medo. Um pedaço da cidade ao abandono. Ilda prometeu e cumpriu, mas esta quarta-feira, ao chegar ao local, viu-se sozinha entre os olhares desconfiados dos traficantes, que a fotografaram e aconselharam a afastar-se. Das três mulheres com quem havia combinado encontrar-se, uma respondia-lhe num telefonema que tinha ido trabalhar, as outras não atendiam a chamada. “Queixam-se de que não se pode viver aqui, mas têm medo de falar”, comentava a vereadora comunista.

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Quando as queixas de moradores da Pasteleira Nova se avolumaram no gabinete de Ilda Figueiredo, a vereadora da CDU prometeu uma visita ao bairro para ver ao vivo o cenário “terrível” que lhe descreviam. Tráfico e moradores “sequestrados” por traficantes, tiros, ameaças, medo. Um pedaço da cidade ao abandono. Ilda prometeu e cumpriu, mas esta quarta-feira, ao chegar ao local, viu-se sozinha entre os olhares desconfiados dos traficantes, que a fotografaram e aconselharam a afastar-se. Das três mulheres com quem havia combinado encontrar-se, uma respondia-lhe num telefonema que tinha ido trabalhar, as outras não atendiam a chamada. “Queixam-se de que não se pode viver aqui, mas têm medo de falar”, comentava a vereadora comunista.