Uma “fotografia” da escola, da hierarquia, das relações entre “classes”

É inverno na Anatólia, e está tudo gelado na região onde está instalado um internato para miúdos curdos. Se a situação que descreve tem bastante de dramática, o filme Ferit Karahan pode seguir os trâmites de observação de um filme cómico.

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Com licença do leitor curioso por saber o que raio acontece “quando neva na Anatólia”, explicamos já: quando neva na Anatólia, encrava tudo. Ou assim diz o filme de Ferit Karahan, uma fábula, compacta e em continuidade de espaço e de tempo, da impotência e da sobranceria institucionais do estado turco, contendo ao mesmo tempo um raccourci crítico do tratamento dado, na Turquia, à minoria curda (que é a etnia do realizador, nascido em 1983).

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Com licença do leitor curioso por saber o que raio acontece “quando neva na Anatólia”, explicamos já: quando neva na Anatólia, encrava tudo. Ou assim diz o filme de Ferit Karahan, uma fábula, compacta e em continuidade de espaço e de tempo, da impotência e da sobranceria institucionais do estado turco, contendo ao mesmo tempo um raccourci crítico do tratamento dado, na Turquia, à minoria curda (que é a etnia do realizador, nascido em 1983).