Manchester City com vantagem mínima para Madrid

Campeão inglês carregou sobre adversário hermético, empenhado em levar a decisão para o Wanda Metropolitano.

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EPA/PETER POWELL

O Manchester City arrancou, esta terça-feira, no Etihad, uma vitória a “ferros” (1-0) frente ao Atlético de Madrid, num duelo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões de sentido único.

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O Manchester City arrancou, esta terça-feira, no Etihad, uma vitória a “ferros” (1-0) frente ao Atlético de Madrid, num duelo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões de sentido único.

Phil Foden saltou do banco para, dois minutos depois (70')​, oferecer a Kevin de Bruyne o golo que dá vantagem mínima ao City na eliminatória.

Pep Guardiola sabia exactamente o que podia esperar de Diego Simeone, que no regresso a Manchester revelou total desprezo por qualquer variante de futebol positivo.

Ao Manchester City restava uma tarefa ingrata: derrubar dois muros de cinco unidades erigidos no último terço... barreira a que nem João Félix e Antoine Griezmann escaparam.

Guardiola bem precisava de 12 jogadores — conforme sugeriu no lançamento do jogo — para conseguir uma superioridade que nem a incorporação de João Cancelo nas linhas avançadas e o destacamento de Bernardo Silva para a carreira de tiro ajudou a implementar, apesar de um lance de penálti praticamente a abrir, em que o português foi derrubado na área do Atlético, sem direito a revisão do VAR.

Apesar dos números esmagadores, o City chegava ao intervalo sem grandes ilusões de poder inclinar a eliminatória antes da deslocação a Madrid.

O Atlético ainda tentou montar uma operação relâmpago no recomeço, insinuando-se com perigo num bom par de situações junto da baliza de Ederson.

O elemento-surpresa durou pouco, mas obrigou os ingleses a uma reformulação dos hábitos e à ocupação mais criteriosa de espaços, de forma a precaver-se de um contratempo como o que ditou a eliminação do vizinho United na ronda anterior.

Contudo, depois de estabilizar emocionalmente e já com Gabriel Jesus, Jack Grealish e, especialmente, Phil Foden em campo, o City intensificou o ataque às redes de Jan Oblak, conseguindo quebrar a resistência dos madrilenos a 20 minutos dos 90: Foden serviu De Bruyne e o belga levou Guardiola ao êxtase, comemorando como se tivesse marcado um golo decisivo numa final.

Foden continuou a desafiar a consistência defensiva do Atlético de Madrid e a criar oportunidades para De Bruyne, mas o máximo que os ingleses conseguiram foi arranhar uma armadura que no jogo decisivo terá de abrir-se para conseguir o passaporte para a meia-final.