O jornalismo, a opinião enviesada e a mentira
Se outrora intelectuais como Bertrand Russell ou Noam Chomsky foram ferozes críticos da Guerra Fria ou dos “arquipélagos de sangue” da América, hoje não vemos por que razão se deve calar quem, de forma irrazoável ou por falta de escrúpulos, compare a Rússia com a Ucrânia.
A guerra na Ucrânia atingiu novos patamares de brutalidade e o discurso sobre culpas, causas, verdades ou consequências acompanhou a tendência. Perante as imagens de civis assassinados em Bucha, custa ver na televisão um oficial general dizer que as vítimas tinham uma braçadeira branca, logo eram amigos dos russos e foram mortos pelos ucranianos. Ou um aspirante a espião promovido a especialista em geostratégia a apostar 50/50 nas possibilidades de culpa de russos ou ucranianos. Criou-se assim um cenário tóxico que impõe uma reflexão sobre a liberdade de expressão e o jornalismo.
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A guerra na Ucrânia atingiu novos patamares de brutalidade e o discurso sobre culpas, causas, verdades ou consequências acompanhou a tendência. Perante as imagens de civis assassinados em Bucha, custa ver na televisão um oficial general dizer que as vítimas tinham uma braçadeira branca, logo eram amigos dos russos e foram mortos pelos ucranianos. Ou um aspirante a espião promovido a especialista em geostratégia a apostar 50/50 nas possibilidades de culpa de russos ou ucranianos. Criou-se assim um cenário tóxico que impõe uma reflexão sobre a liberdade de expressão e o jornalismo.