Adolescentes britânicos acusados de realizarem ataques informáticos para o grupo Lapsus$

O semanário Expresso foi um dos alvos deste grupo em Portugal. Jovens de 16 e 17 anos foram os mais recentes detidos por suspeitas de ligação ao grupo.

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Grupo de piratas informáticos atacaram alvos em Portugal Kacper Pempel

Dois adolescentes de 16 e 17 anos são acusados pela polícia do Reino Unido de terem realizado ataques informáticos ao serviço do grupo Lapsus$.

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Dois adolescentes de 16 e 17 anos são acusados pela polícia do Reino Unido de terem realizado ataques informáticos ao serviço do grupo Lapsus$.

De acordo com a BBC, os jovens britânicos foram detidos sob a forte suspeita de fazerem parte do grupo de piratas informáticos que atacou Governos, multinacionais e órgãos de comunicação social – caso do semanário Expresso no início de Janeiro.

Os jovens foram detidos e vão ser ouvidos no Tribunal de Highbury Corner esta sexta-feira. O inspector Michael O'Sullivan, líder do departamento de cibercrime da polícia londrina, diz à BBC que os jovens são acusados de três crimes de acesso informático ilegítimo com a intenção de comprometer a fidedignidade dos dados, uma acusação de fraude por falsa identificação e outra de acesso ilegítimo a um computador para impedir acesso a dados.

Na semana passada, a polícia do Reino Unido anunciou a detenção de sete pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 21 anos, no âmbito da investigação nacional lançada contra o grupo Lapsus$. Na mesma altura, no Telegram, os hackers escreveram que alguns dos membros estavam “de férias”.

Na semana passada, o FBI abriu uma página que permite a qualquer pessoa enviar informação sobre o Lapsus$: o objectivo é identificar os líderes do grupo de piratas informáticos.

Em Janeiro, o grupo Lapsus$ reivindicou o ataque ao jornal Expresso e à estação televisiva SIC que ficaram sem os sites durante vários dias. “Os dados serão vazados caso o valor necessário não for pago”, lia-se na mensagem apresentada pelo grupo no endereço do semanário. Em Portugal, a Polícia Judiciária está a investigar a origem dos ataques. Microsoft, Samsung e o Ministério da Saúde do Governo brasileiro são alguns dos outros nomes de uma longa lista de alvos.