Porto de Lisboa lança aeródromo no Rio Tejo
A Administração do Porto de Lisboa diz ter dado início ao processo de certificação de um aeródromo naval na zona do Mar da Palha.
Lisboa prepara-se para ter mais uma infra-estrutura aeroportuária, mas, desta feita, a pista será na água. De acordo com a Administração do Porto de Lisboa (APL), esta entidade iniciou “os procedimentos necessários para a certificação de um aeródromo naval no rio Tejo, na zona do Mar da Palha”.
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Lisboa prepara-se para ter mais uma infra-estrutura aeroportuária, mas, desta feita, a pista será na água. De acordo com a Administração do Porto de Lisboa (APL), esta entidade iniciou “os procedimentos necessários para a certificação de um aeródromo naval no rio Tejo, na zona do Mar da Palha”.
A iniciativa, enquadrada no centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul realizada pela dupla formada por Sacadura Cabral e por Gago Coutinho (que será assinalada no domingo, dia 3), permitirá, diz a APL em comunicado, “dar resposta ao número crescente de entidades na área do turismo que têm manifestado interesse nesta actividade” em Lisboa.
O futuro aeródromo naval, explica a APL, que não adianta datas para o projecto, “não terá qualquer barreira física, sendo apenas uma área de referência na zona do Mar da Palha”. “Só haverá descolagem ou amaragem com boa visibilidade e espaço livre e suficiente para a operação em segurança”, garante esta entidade, com planos de voo “submetidos, aprovados e controlados pelas autoridades aeronáuticas”.
“Quando o hidroavião amarar, comporta-se como qualquer embarcação respeitando as regras náuticas como as restantes embarcações, sem qualquer diferença ou conflito com a restante navegação marítima”, explica-se. O processo de certificação envolve entidades como a Câmara Municipal de Lisboa e o regulador da aviação civil, a ANAC, ficando a gestão da infra-estrutura a cargo da própria APL.
“Durante a fase de voo o controlo será responsabilidade das autoridades aeronáuticas e, na fase em que se desloque no espelho líquido, será a APL a controlar, tal como faz com a restante navegação, mantendo-se as respectivas competências separadas e sem conflitos”, refere-se no comunicado
“Ao longo dos anos temos vindo a receber manifestações de interesse de entidades privadas que pretendem realizar voos turísticos em hidroavião, dando a conhecer a cidade de Lisboa e arredores de uma forma diferente aos turistas”, diz Ricardo Medeiros, administrador da APL, citado no comunicado, onde se recorda que esta actividade já se verificou no passado na capital, na Doca do Bom Sucesso e na Doca dos Olivais.