A nova atracção do Dino Parque tem quase 130 milhões de anos: é o dinossauro do cabo Espichel
Os fósseis desta nova espécie de dinossauro serão apresentados “como uma colecção de arte — enquadrados em molduras antigas”. O Iberospinus natarioi poderá ser admirado a partir de 1 de Abril.
A nova espécie de dinossauro foi descoberta em Sesimbra, na zona do cabo Espichel. Os primeiros elementos foram encontrados há mais de duas décadas, mas a investigação e achados continuaram, e, já este ano, provava-se que se tratava, de facto, de uma novidade para a ciência. Baptizado de Iberospinus natarioi, é a nova atracção do Dino Parque Lourinhã, aberta a todos os olhares mais curiosos a partir de 1 de Abril e até ao final do Verão.
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A nova espécie de dinossauro foi descoberta em Sesimbra, na zona do cabo Espichel. Os primeiros elementos foram encontrados há mais de duas décadas, mas a investigação e achados continuaram, e, já este ano, provava-se que se tratava, de facto, de uma novidade para a ciência. Baptizado de Iberospinus natarioi, é a nova atracção do Dino Parque Lourinhã, aberta a todos os olhares mais curiosos a partir de 1 de Abril e até ao final do Verão.
Os fósseis, adianta o parque, serão “apresentados como uma colecção de arte — enquadrados em molduras antigas”. A razão desta opção prende-se com o facto de que “parte do esqueleto nunca chegou a ser recolhida e que diversos ossos se partiram aquando da morte do dinossauro”. Mas, sublinhe-se que, “ainda assim, os achados expostos, entre os quais ossos, dentes e outros vestígios, vão desde a ponta do focinho até à cauda do animal”.
Considerado “um dos mais relevantes achados paleontológicos portugueses das últimas décadas”, o Iberospinus natarioi teria à volta de seis metros de comprimento quando caminhava por estas terras há “mais de 120 milhões de anos”, no Cretácico Inferior. Dos seus hábitos de vida, uma coisa é certa: gostava de comer peixe.
Era um predador de mares pouco profundos, como era então a região onde viveu, como se escrevia no PÚBLICO aquando da apresentação das conclusões científicas num artigo de Octávio Mateus e Darío Estraviz-López, paleontólogos da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, sobre este “espinho ibérico” (Iberospinus – já o apelido natarioi homenageia o seu descobridor, Carlos Natário).
O Dino Parque, aberto desde 2018 na Lourinhã, é considerado “o maior museu ao ar livre” de Portugal e da Europa “tanto em área expositiva, como em dimensão”, como se destaca na apresentação da atracção. Tem 180 modelos de animais à escala real e promete uma “verdadeira viagem de milhões de anos” em cinco percursos distintos: Paleozóico, Triásico, Jurássico, Cretácico e Monstros Marinhos. Propriedade da Parque dos Dinossauros da Lourinhã, que o gere, tem parcerias com a autarquia local e com o Grupo de Etnologia e Arqueologia do Museu da Lourinhã.
É precisamente neste museu, após terminar a sua temporada no parque, que o “espinho ibérico” deverá encontrar o seu derradeiro lar.