Arguidos do “caso Marega” publicam pedido de desculpas ao futebolista
Os arguidos reconheceram, na edição desta terça-feira do semanário Desportivo de Guimarães, terem sido “três das pessoas” que assistiram ao jogo no Estádio D. Afonso Henriques e que se associaram “aos cânticos que surgiram no estádio, e vaiaram e insultaram o jogador da equipa visitante Moussa Marega”.
O trio de arguidos investigado pelo Ministério Público (MP) na sequência do “caso Marega”, com origem nos insultos racistas ao futebolista num jogo da I Liga, publicou nesta terça-feira um pedido de desculpas ao jogador.
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O trio de arguidos investigado pelo Ministério Público (MP) na sequência do “caso Marega”, com origem nos insultos racistas ao futebolista num jogo da I Liga, publicou nesta terça-feira um pedido de desculpas ao jogador.
No jogo entre Vitória de Guimarães e FC Porto, de 16 de Fevereiro de 2020, o futebolista maliano deixou o relvado por volta do minuto 70, face aos insultos dirigidos por alguns vitorianos, entre os quais Hélder Manuel Pereira Gonçalves, Joaquim Pedro Sousa Ribeiro e Bruno Cristiano Pereira Teixeira, que, depois de constituídos arguidos, aceitaram pagar 1.000 euros de multa ao Estado e emitir um pedido de desculpas num “jornal desportivo local”.
Os arguidos reconheceram, na edição desta terça-feira do semanário Desportivo de Guimarães, terem sido “três das pessoas” que assistiram ao jogo no Estádio D. Afonso Henriques e que se associaram “aos cânticos que surgiram no estádio, e vaiaram e insultaram o jogador da equipa visitante Moussa Marega”.
“Pelo comportamento assumido, [os três arguidos] pretendem apresentar um pedido público de desculpas ao visado Moussa Marega e a quem se possa sentir ofendido com tal comportamento, designadamente o assistente Vitória Sport Clube”, lê-se na nota publicada no jornal.
Os arguidos ficaram ainda “interditos de aceder a qualquer recinto desportivo como espectadores, onde decorra um espectáculo desportivo de qualquer modalidade, profissional ou amador, por um período de um ano”, referiu ainda o documento do processo consultado pela Lusa a 11 de Outubro de 2021.
Esse processo foi então suspenso pelo MP por um ano, com a concordância do Juiz de Instrução Criminal, após o Procurador da República Marinho de Sousa ter entendido que os arguidos “não actuaram com um grau de culpa elevado” e verbalizaram arrependimento aquando dos interrogatórios.
Em Outubro de 2021, o advogado dos arguidos, Pedro Miguel Carvalho, disse que estes “aceitaram o pedido de desculpas público” quer a Moussa Marega, quer ao Vitória de Guimarães, a seu ver “injustamente penalizado” pelos “comportamentos” de alguns adeptos, aos quais “foi alheio”.
Na sequência desse episódio, o clube minhoto cumpriu três jogos à porta fechada e pagou uma multa de 53.500 euros por imposição do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.