Em São Jorge a população “quer andar para a frente, mas não consegue”

A maior vila de São Jorge, Velas, está deserta por ser a mais vulnerável perante a crise sismo-vulcânica. Muitos rumaram para o outro concelho, outros já saíram da ilha, devido à possibilidade de um sismo de grande magnitude ou de uma erupção vulcânica.

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Maria Bettencourt e filhas saíram de Santo Amaro, para se mudarem para a Calheta, onde partilham o mesmo quarto. RUI SOARES

O espaço está repleto de malas e de sacos. Há roupa e cobertores amontoados e a cozinha está apinhada de mantimentos. Maria Bettencourt, 76 anos, sentada na cama, está com os dedos enrodilhados no terço. Em frente, na outra estreita cama, estão as duas filhas, Ana, de 55 anos, e Margarida, de 47.

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O espaço está repleto de malas e de sacos. Há roupa e cobertores amontoados e a cozinha está apinhada de mantimentos. Maria Bettencourt, 76 anos, sentada na cama, está com os dedos enrodilhados no terço. Em frente, na outra estreita cama, estão as duas filhas, Ana, de 55 anos, e Margarida, de 47.