João Moutinho e a Macedónia do Norte: “Teremos de ter paciência com bola”
Médio do Wolverhampton diz-se confortável em qualquer posição no meio-campo e alerta para a organização do adversário que eliminou a Itália nas meias-finais do play-off.
Para João Moutinho, uma coisa é certa: a responsabilidade da selecção de Portugal é sempre a mesma, independentemente do adversário. No caso, será a Macedónia do Norte a disputar a final do play-off de apuramento para o Mundial 2022, na terça-feira, no Estádio do Dragão. Uma equipa que vai exigir paciência e concentração máxima.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Para João Moutinho, uma coisa é certa: a responsabilidade da selecção de Portugal é sempre a mesma, independentemente do adversário. No caso, será a Macedónia do Norte a disputar a final do play-off de apuramento para o Mundial 2022, na terça-feira, no Estádio do Dragão. Uma equipa que vai exigir paciência e concentração máxima.
“De uma forma natural”, foi assim que o médio do Wolverhampton respondeu quando lhe perguntaram como tinha encarado o triunfo da Macedónia do Norte sobre a Itália, em Palermo. “Sabíamos que era um adversário que podíamos encontrar, ainda que toda a gente pensasse o contrário. O futebol está diferente. Todas as equipas podem ganhar. Não importam nomes nem estatísticas, há que mostrar em campo mais capacidade e qualidade lá dentro”.
As estatísticas foram esmagadoramente favoráveis a Itália, mas um golo de Trajkovski, aos 90+2’, colocou os macedónios a um passo do Mundial do Qatar, no final do ano. E o que pode Portugal esperar deste adversário? “Teremos de ter paciência para ter bola, sem apressar o nosso jogo. Temos de encontrar os espaços certos, na altura certa. Podem vir em bloco baixo, a defender bem e a tentar sair em contra-ataque. Compete-nos estar bem organizados para chegar à baliza contrária e tentar concretizar as nossas oportunidades. Temos a noção de que será um jogo difícil e que podemos não ter grandes ocasiões”, avaliou, em conferência de imprensa.
Apesar da surpresa, João Moutinho assegura que o peso da responsabilidade é o mesmo que seria diante da Itália, caso os campeões europeus tivessem vencido. “Se eles chegaram aqui é porque afastaram quem lhes surgiu pelo caminho, como a Itália. Os nomes e as estatísticas não vencem jogos. E isso provou-se nessa eliminatória. Aliás, vemos isso em várias ligas, onde o último pode ganhar ao primeiro. Não podemos estar demasiado confiantes”.
No triunfo (3-1) sobre a Turquia, e com o recuo de Danilo para central, Moutinho acabou por ocupar a posição mais baixa do meio-campo. Nada de novo, para quem tem um passado tão longo e uma experiência tão vasta na alta competição. “É um posicionamento que não me é estranho. Desde jovem, fiz todas as posições no meio-campo no Sporting, com Paulo Bento, que jogava em losango. E até gosto. Posso ter mais bola, consigo organizar o jogo, que é uma das minhas características, consigo definir os ritmos de jogo... Também sou capaz de recuperar a bola, que ali é fundamental. Sinto-me bem e as coisas correram-nos bem”.
Com Pepe ainda em isolamento, a probabilidade de se repetir a dupla de centrais (José Fonte e Danilo) é elevada, pelo que João Moutinho volta a ser uma forte hipótese para a posição seis. Seja qual for a escolha, porém, certo é que Portugal está obrigado a ganhar para garantir a oitava presença em Mundiais, e quinta consecutiva, depois de 1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.