Obra do futuro viaduto sobre A28 está parada desde Setembro do ano passado

Falta ser emitido o parecer favorável ao projecto de construção. Ainda assim a obra chegou a arrancar, mas há seis meses as máquinas pararam. IP diz que o documento será entregue até ao final da semana na autarquia, mas não adianta se haverá luz verde para a empreitada ser retomada.

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A obra do viaduto prometido pela câmara de Matosinhos há quase 10 anos, que vai passar sobre a Auto-estrada 28 (A28) para ligar a Cruz de Pau à Barranha, na Senhora da Hora, arrancou finalmente em Janeiro de 2021 para ficar pronta nos 24 meses seguintes. Só que, entretanto, os trabalhos pararam e agora não se sabe quando é que a empreitada vai terminar. Em Setembro do ano passado as máquinas desligaram-se por força de um diferendo relacionado com a projecto de construção que terá de ser ajustado e agora a autarquia não consegue antever uma data para os trabalhos recomeçarem. A Infra-estruturas de Portugal adianta ter novidades ainda esta semana.

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A obra do viaduto prometido pela câmara de Matosinhos há quase 10 anos, que vai passar sobre a Auto-estrada 28 (A28) para ligar a Cruz de Pau à Barranha, na Senhora da Hora, arrancou finalmente em Janeiro de 2021 para ficar pronta nos 24 meses seguintes. Só que, entretanto, os trabalhos pararam e agora não se sabe quando é que a empreitada vai terminar. Em Setembro do ano passado as máquinas desligaram-se por força de um diferendo relacionado com a projecto de construção que terá de ser ajustado e agora a autarquia não consegue antever uma data para os trabalhos recomeçarem. A Infra-estruturas de Portugal adianta ter novidades ainda esta semana.

Junto à envolvente do Estádio do Mar, onde nascerá uma das entradas do viaduto e onde decorrem outras obras em simultâneo, continuam a existir desvios de trânsito e zonas interditas à passagem de carros. Já assim era desde Junho de 2020, quando arrancou a empreitada orçamentada em 2 milhões de euros para a ligação entre a Escola Básica do Estádio do Mar e a Avenida Dr. Edison Magalhães, que ainda decorre – inicialmente estimava-se que estivesse pronta em Outubro do ano passado.

As limitações para quem ali passa naquela zona residencial e para quem ali mora ainda continuam a existir, e, nalgumas zonas, tão cedo não serão resolvidas porque, por causa da paragem, ainda faltarão pelo menos quase dois anos para a obra do viaduto estar concluída – o prazo dos trabalhos orçamentados em 4 milhões de euros estava fixado em 24 meses.

Questionada pelo PÚBLICO, a autarquia diz que a paragem deve-se à falta da emissão de um parecer favorável por parte da Infra-estruturas de Portugal (IP) relativamente ao projecto de construção a cargo da Tecnifeira - Engenharia e Construção, S.A. Para o projecto de execução, adianta, já havia parecer favorável emitido. Porém, a obra arrancou na mesma, mas agora não existem condições para prosseguir até que o projecto seja, eventualmente, alterado.

E quando é que será possível dar continuidade à construção? “A equipa projectista e o empreiteiro estão a articular com a empresa [IP] de forma a ser possível ultrapassar a questão. Os trabalhos prosseguem apenas nas áreas não afectas à empresa pública e estritamente nos domínios em que não será necessário proceder a qualquer alteração ao projecto de execução já aprovado”, responde a autarquia.

A câmara não adianta pormenores sobre os motivos que estão na origem da necessidade de, eventualmente, poderem existir alterações ao projecto. Ao mesmo tempo, não consegue prever quando é que a obra poderá ser retomada e que implicações esta paragem poderá ter ao nível de possíveis derrapagens no orçamento.

A IP diz que brevemente se ficará a conhecer qual é o parecer da empresa em relação à construção da obra. Ao PÚBLICO, diz ter emitido parecer favorável ao projecto de execução em Maio do ano passado. Falta saber se acontecerá o mesmo em relação ao projecto de construção. Certo, adianta, é que seguirá já para autarquia até ao final desta semana e, por isso, sem conhecimento do município, ainda não o pode revelar. A Tecnifeira foi contactada pelo PÚBLICO, mas não respondeu.

Os motivos para este impasse prendem-se com o facto de a IP ter a tutela da A28. Nesse sentido, terá de se pronunciar relativamente ao plano de montagem da obra e às implicações que terá na sinalização e na circulação do tráfego automóvel.

Em Fevereiro do ano passado, a presidente da câmara Luísa Salgueiro anunciava que o viaduto terá a forma de um “M” de Matosinhos, de mar e de movimento, criando uma espécie de “pórtico” para quem entra no concelho vindo do Porto. Esta obra já tinha sido prometida em 2015 quando Guilherme Pinto ainda era o líder da autarquia, mas só no ano passado é que arrancou.