Apoio social para atenuar subida dos preços dos alimentos fixado em 60 euros

O apoio será pago em Abril, de forma automática, às famílias abrangidas pela tarifa social de electricidade.

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Rui Gaudencio

As famílias abrangidas pela tarifa social de electricidade vão receber, em Abril, um apoio extraordinário de 60 euros para fazer face ao aumento dos preços dos bens alimentares.

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As famílias abrangidas pela tarifa social de electricidade vão receber, em Abril, um apoio extraordinário de 60 euros para fazer face ao aumento dos preços dos bens alimentares.

A medida, aprovada esta quarta-feira em Conselho de Ministros, já tinha sido anunciada pelo Governo em meados de Março, com o objectivo de atenuar a subida dos preços dos bens de primeira necessidade provocada pela guerra na Ucrânia. Desconhecia-se, contudo, o valor em causa e a forma como iria ser pago.

A notícia foi avançada pelo jornal Eco e confirmada ao PÚBLICO por fonte oficial do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

“No contexto da situação de conflito armado que se verifica na Ucrânia, o Governo criou um apoio extraordinário para atenuar os efeitos do aumento dos preços dos bens alimentares de primeira necessidade”, adiantou fonte do ministério tutelado por Ana Mendes Godinho, que se manterá no cargo na próxima legislatura.

A prestação, acrescentou, destina-se às famílias abrangidas pela tarifa social de electricidade que agregam cerca de 1,4 milhões de beneficiários.

Os 60 euros serão pagos pela Segurança Social “de uma só vez em Abril”.

As pessoas não terão de se candidatar ou de apresentar prova de que já beneficiam da tarifa social da electricidade, porque a “Segurança Social fará o pagamento do apoio extraordinário a estas famílias de forma automática e oficiosa”.

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou os contornos gerais da medida a 14 de Fevereiro, alertando que era preciso criar uma prestação social para as famílias mais vulneráveis à subida dos preços.

“Todos nós vamos, quase de certeza, pagar mais pelos bens alimentares, mas temos sobretudo de proteger os consumidores mais vulneráveis” que são quem tem mais dificuldade em absorver esta situação, disse na altura Siza Vieira, que, soube-se entretanto, já não fará parte do próximo elenco governativo.