Antonio Villeroy ao vivo na Rua das Pretas e em dois concertos a solo em Lisboa
O cantor e compositor brasileiro Antonio Villeroy está em Lisboa para três concertos: esta quinta-feira no Coliseu, no colectivo Rua das Pretas, e a solo no Avenew e no Som do Coreto.
Já actuou várias vezes em Portugal e está de volta para três concertos em Lisboa. O primeiro é uma participação especial na sessão que assinala o regresso do projecto Rua das Pretas ao palco do Coliseu dos Recreios, esta quinta-feira, pelas 21h, com Pierre Aderne (o seu criador e dinamizador) e vários convidados. O segundo está marcado para dia 30, no espaço Avenew, com a cantora francesa Marie Minet, e o terceiro será no Som no Coreto, dia 2 de Abril.
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Já actuou várias vezes em Portugal e está de volta para três concertos em Lisboa. O primeiro é uma participação especial na sessão que assinala o regresso do projecto Rua das Pretas ao palco do Coliseu dos Recreios, esta quinta-feira, pelas 21h, com Pierre Aderne (o seu criador e dinamizador) e vários convidados. O segundo está marcado para dia 30, no espaço Avenew, com a cantora francesa Marie Minet, e o terceiro será no Som no Coreto, dia 2 de Abril.
Falamos de Antonio Villeroy (também conhecido por Totonho Villeroy), cantor e compositor brasileiro que se iniciou na música em 1981, gravou o primeiro álbum a solo em 1991 e tem canções suas gravadas no Brasil por cantores como Ana Carolina, Gal Costa, Maria Bethânia, Ivan Lins, Mart’nália, Seu Jorge, Jussara Silveira, Zizi Possi e Paulinho Moska, entre muitos. Fora do Brasil, as suas parcerias mais recentes foram com John Legend (e Ana Carolina) e Luísa Sobral.
Nascido em São Gabriel, Rio Grande do Sul, a 19 de Julho de 1961, filho de um casal de advogados e irmão de um outro músico e compositor, Gastão Villeroy, Antonio começou a interessar-se pela composição depois de lhe ter sido oferecido um violão, aos 13 anos. Na juventude, criou com os irmãos e alguns amigos uma banda de rock intitulada A Mursa, que, segundo a sua biografia, tinha por referências Jimi Hendrix, Deep Purple e Os Mutantes.
Retomar o rumo da Europa
Com vários álbuns gravados em nome próprio, Antonio Villeroy tem na sua discografia vários discos ao vivo, como Totonho Villeroy & Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (2004), Sinal dos Tempos (2006) ou Sanary (gravado em 1998 mas lançado em 2020), sendo os mais recentes Gravidade do Amor (Ao Vivo) e Luz Acesa (Ao Vivo), ambos datados de 2021, cada um deles com 18 canções. E é precisamente Luz Acesa a base para estas apresentações em Lisboa, onde Antonio Villeroy, em solo absoluto, acompanhando-se à guitarra e ao piano, interpretará canções como Luz acesa, Que se danem os nós, Recomeço, Amores possíveis, Uma louca tempestade, Pra rua me levar, Heroína e vilã, Entreolhares, Rosas, Tolerância, Noite de bruxas ou Equador, a canção que ele escreveu de parceria com Luísa Sobral.
Antonio Villeroy actuou em Portugal em 2004, 2006, 2009 e 2019. “E estava vindo de novo em 2020, com tudo programado para uma tournée pela Europa, quando foi tudo cancelado por causa da pandemia”, diz Antonio Villeroy ao PÚBLICO. “Só consegui recuperar agora.” Depois de actuar em Lisboa, seguirá para a Holanda, França, Áustria e Espanha. A residir no Brasil, em Porto Alegre, depois de ter residido durante anos no Rio de Janeiro (regressou ao Rio Grande do Sul quando a sua mulher ficou grávida da primeira filha), Villeroy concluiu que já não era essencial morar no Rio para continuar o seu trabalho como músico. “As pessoas continuavam me procurando, mesmo em Porto Alegre, não era importante continuar mais no Rio. E o Rio começou a ficar meio caótico, pouco antes da Copa do Mundo.”
Banquete, o próximo disco
Nas apresentações em Lisboa, o repertório será o mesmo de Luz Acesa, embora os espaços onde irá actuar não sejam adequados à utilização dos cenários originais. “Nessa tournée, eu só vou conseguir apresentar o show completo, com os cenários, em Amesterdão, num teatro que tem todas as condições. Porque a maior parte dos shows vão ser em clubes de jazz.” No primeiro, em Lisboa, no Avenew, Villeroy terá a seu lado uma cantora francesa que mora em Lisboa, Marie Minet. “Ela já cantava as minhas músicas, tinha até feito uma versão de Pra rua me levar, em francês, e eu convidei-a para gravar comigo uma música francesa para o meu novo álbum, Banquete. Chama-se Un certain jour e gravámos inclusive um videoclipe, ela em Lisboa e eu em Porto Alegre, fundimos as imagens.”
Quanto à sua participação no espectáculo Rua das Pretas, esta quinta-feira, constará de duas músicas: “Garganta, que foi a primeira que eu fiz para a Ana Carolina, e Pra rua me levar, parceria minha com a Ana Carolina.” Antonio Villeroy conhece Pierre Aderne, o músico (cantor e compositor) brasileiro que criou e dinamiza o projecto Rua das Pretas, há trinta anos. “Conheço o Pierre desde 1990”, lembra. “E a gente se aproximou nos anos 2000, quando eu fui morar no Rio e nos últimos tempos antes de ele vir viver para Lisboa, há uns dez anos.”
Com 40 anos de carreira (fará 41 em Outubro), Antonio Villeroy queria ter lançado em 2021, a par dos já referidos dois discos ao vivo, também um álbum de estúdio. “Pretendia ter lançado em Novembro um disco de inéditas, Banquete, mas não consegui concluí-lo, está a meio da produção. São doze músicas e por enquanto só produzi sete. Sairá em Julho.”