Biden visita Polónia durante viagem à Europa

O Presidente norte-americano vai visitar a Europa discutir com os aliados europeus o futuro do conflito russo-ucraniano. O destino é o país que mais tem sofrido com a crise de refugiados, a Polónia.

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Joe Biden já tinha referido que não visitaria a Ucrânia durante o conflito e chegou esta madrugada à Polónia Reuters/ALEXANDER DRAGO

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O Presidente dos Estados Unidos vai visitar a Polónia na viagem que vai fazer à Europa a partir de quarta-feira, para discutir com os aliados europeus a invasão russa da Ucrânia, anunciou a Casa Branca. Joe Biden voa primeiro para a Bélgica e só depois vai à Polónia, disse, no domingo, a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki.

Em Bruxelas, o líder norte-americano vai participar numa cimeira da NATO, outra da UE e uma do G7, esta última convocada pela Alemanha, que tem a presidência do grupo de países mais industrializados do mundo.

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, já recebeu mais de dois milhões de refugiados desde o início da invasão. O país tem sido um dos mais activos a pedir aos membros da NATO para considerarem um maior envolvimento no conflito. Estes números, no entanto, estão a cair. Só no domingo, 33.800 pessoas cruzaram a fronteira, uma queda de 16% em relação ao sábado, segundo a Guarda de Fronteira Polaca.

Às 6h desta segunda-feira, 5.700 haviam cruzado a fronteira, uma queda de 17% em relação ao mesmo período de sábado. Algumas das pessoas que fogem já deixaram a Polónia para outros países de destino. Maciej Duszczyk, um investigador especialista em migrações, da Universidade de Varsóvia, citado pelo Guardian, estima que restem cerca de 1,2 milhões de pessoas e que mais de um quarto de milhão de pessoas (264.000) tenha regressado à Ucrânia desde o início da guerra.

A Casa Branca já tinha anunciado que não estava nos planos de Biden visitar a Ucrânia nesta viagem europeia.

Tanto Biden como a NATO têm vindo a sublinhar repetidamente que os EUA e a aliança militar vão fornecer armamento e outro apoio de defesa à Ucrânia, que não é membro da Aliança Atlântica, mas querem impedir uma escalada do conflito militar.