Pensar em grande
Podemos olhar para o número de passageiros que aterram diariamente nos aeroportos nacionais e reconhecer que existe ali uma oportunidade como nunca antes existiu.
Podemos olhar para a questão do turismo e queixarmo-nos do excessivo centralismo ou da falta de solidariedade. Podemos olhar para o sucesso de Lisboa e pensar na injustiça. Podemos fazer tudo isso ou podemos pensar em grande. Podemos olhar para o número de passageiros que aterram diariamente nos aeroportos nacionais e reconhecer que existe ali uma oportunidade como nunca antes existiu. Uma oportunidade para captar turismo, nacional e internacional, numa dimensão que nunca antes foi possível. E isso só depende de nós e dos mecanismos de promoção que colocarmos no terreno.
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Podemos olhar para a questão do turismo e queixarmo-nos do excessivo centralismo ou da falta de solidariedade. Podemos olhar para o sucesso de Lisboa e pensar na injustiça. Podemos fazer tudo isso ou podemos pensar em grande. Podemos olhar para o número de passageiros que aterram diariamente nos aeroportos nacionais e reconhecer que existe ali uma oportunidade como nunca antes existiu. Uma oportunidade para captar turismo, nacional e internacional, numa dimensão que nunca antes foi possível. E isso só depende de nós e dos mecanismos de promoção que colocarmos no terreno.
Mecanismos eficientes de promoção exigem escala. E escala exige colaboração. Exige irmos para além dos nossos territórios administrativos pensando em tudo o que temos para oferecer enquanto região. Não numa lógica concorrencial, mas colaborativa entre os diferentes concelhos. Exige pensar em tudo o que temos para oferecer uns aos outros. Na prática, pensar em grande.
E esta estratégia faz ainda mais sentido se tivermos em conta que um turista de Paris (ou mesmo de Lisboa) não conhece a linha que demarca Nelas, Castro Daire ou Viseu. Não conhece nem tem que conhecer. A fronteira administrativa só tem significado para as entidades administrativas. E as entidades administrativas servem os seus públicos.
No princípio deste ano decidimos que o concelho de Viseu não teria presença própria na Bolsa de Turismo de Lisboa – o mais importante evento desta indústria em Portugal. Decidimos que a presença da autarquia neste certame estaria integrada na Comunidade Intermunicipal. Uma decisão simples que pretende criar escala e criar eficiências. Em Viseu escolhemos pensar em grande. Em vez de promover o nosso território vamos promover a nossa região como um todo.
E ainda que a decisão seja lógica e racional, mesmo assim causou estranheza e resistências. O que é legítimo. Mas essa estranheza também nos dá ideia da importância deste movimento. Importância no sentido da promoção da região, mas também do exemplo que damos para o futuro. Estamos comprometidos com este exemplo porque acreditamos nesta política. Somar ao invés de subtrair. Complementar em vez de concorrer. Olhar para além das marcas e dos egos cooperando para um salto qualitativo e quantitativo que contribua para o nosso bem comum. Independentemente do território que gerimos.