Do apogeu à agonia: uma história do Porto através dos seus cafés

Foram segundas casas, geografias de encontro, epicentros políticos, lugares de criação. Os cafés forjaram a identidade do Porto nos últimos 150 anos. César Santos Silva compilou a história deles – e assim escreveu um livro sobre a cidade.

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César Santos Silva, professor de história do Porto, autor do livro Cafés do Porto, no Chalé Suíço Nelson Garrido

A primeira memória de um café é também uma lembrança familiar. César Santos Silva era miúdo e percorria a cidade pela mão do avô, homem dado aos cafés e sempre com pedagogia na ponta da língua: “Ele dizia-me: ‘Rapaz, é muito importante conhecer os cafés, porque o Porto passou por aqui’.” Naqueles anos, César Santos Silva não sonhava que se tornaria investigador da história da cidade – mas o “frete” de acompanhar o avô talvez plantasse já uma “sementinha”. No livro Cafés do Porto (Book Cover Editora) conta a vida (e em alguns casos a morte) desses espaços históricos (cafés e confeitarias) e das personalidades que por eles passaram. Do apogeu dos anos 20 e 40 à lenta agonia pós-Revolução, cabe uma história da própria urbe.

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A primeira memória de um café é também uma lembrança familiar. César Santos Silva era miúdo e percorria a cidade pela mão do avô, homem dado aos cafés e sempre com pedagogia na ponta da língua: “Ele dizia-me: ‘Rapaz, é muito importante conhecer os cafés, porque o Porto passou por aqui’.” Naqueles anos, César Santos Silva não sonhava que se tornaria investigador da história da cidade – mas o “frete” de acompanhar o avô talvez plantasse já uma “sementinha”. No livro Cafés do Porto (Book Cover Editora) conta a vida (e em alguns casos a morte) desses espaços históricos (cafés e confeitarias) e das personalidades que por eles passaram. Do apogeu dos anos 20 e 40 à lenta agonia pós-Revolução, cabe uma história da própria urbe.