Covid-19 em Portugal: menos casos, mortes e internados do que na semana passada
Durante a semana que passou, estiveram internadas nos hospitais portugueses 1140 pessoas, menos 85 do que na semana anterior. Dessas, 66 (menos 12) ficaram internadas em unidades de cuidados intensivos. R(t) aumenta.
Portugal registou, na semana de 8 a 14 de Março, 78.464 casos de covid-19 e 123 mortes associadas à doença, de acordo com o boletim de actualização da Direcção-Geral da Saúde, que agora é semanal. A mortalidade a 14 dias por milhão de habitante é de 27,7, ainda superior ao valor de referência de 20 mortes por milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), de acordo com o relatório de monitorização das “linhas vermelhas” do INSA e da DGS que também foi publicado esta sexta-feira.
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Portugal registou, na semana de 8 a 14 de Março, 78.464 casos de covid-19 e 123 mortes associadas à doença, de acordo com o boletim de actualização da Direcção-Geral da Saúde, que agora é semanal. A mortalidade a 14 dias por milhão de habitante é de 27,7, ainda superior ao valor de referência de 20 mortes por milhão de habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), de acordo com o relatório de monitorização das “linhas vermelhas” do INSA e da DGS que também foi publicado esta sexta-feira.
Os números reflectem uma diminuição de 811 casos e 39 mortes em relação à semana anterior, de 1 a 7 de Março. Na semana passada, tinham-se registado mais 11.963 casos confirmados (face à semana anterior). No caso das mortes, nessa semana, registaram-se menos 36 do que na anterior.
A incidência é, agora, de 762 casos por cada 100.000 habitantes. Trata-se de uma diminuição face à semana anterior, em que se registou uma incidência de 770 casos.
Já o índice de transmissibilidade, ou R(t), é agora de 1,02. Subiu em relação à semana passada, quando o R(t) era de 0,99, abaixo de um.
Durante a semana que passou, estiveram internadas nos hospitais portugueses 1140 pessoas, menos 85 do que na semana anterior. Dessas, 66 (menos 12) ficaram internadas em unidades de cuidados intensivos.
Internamentos baixam no Norte e Lisboa
A região onde se registaram mais casos ao longo da última semana foi Lisboa e Vale do Tejo, com 31.950 casos, mais 1228 do que na semana passada. Também o Norte registou um aumento dos casos: no total, foram detectados 13.103 casos, mais 194 do que na semana anterior. O mesmo aconteceu no Algarve, com um total de 5367 casos, mais 26 do que na semana anterior.
Nas restantes regiões registou-se uma diminuição: no Centro, por exemplo, onde foram identificados 15.894 durante a semana, registou-se uma diminuição de 902 casos. O mesmo aconteceu no Alentejo (com 5431 casos, menos 182) e na Madeira (com 4384 novos casos, menos 105). Foi nos Açores que se registou a queda mais expressiva: com 2335 casos, foram menos 1070 do que na semana anterior.
No número de óbitos, as duas regiões onde se registou um aumento foram o Alentejo (com 11 óbitos, mais quatro do que na semana anterior) e o Algarve (com oito óbitos, mais dois do que na semana anterior). Nas restantes regiões esse número caiu — sendo que Lisboa e Vale do Tejo foi a região com a queda mais expressiva do número de mortos. No total registou 36 vítimas, menos 18 do que na semana anterior.
No Norte e Lisboa e Vale do Tejo, o número de internamentos diminui em relação à semana anterior; nas restantes regiões aumentou. No Centro, registaram-se 325 internamentos, mais seis do que na semana anterior e mais 12 internados em unidades de cuidados intensivos (mais duas pessoas). No Alentejo, apesar de o internamento em enfermaria geral ter diminuído, estiveram seis pessoas em unidades de cuidados intensivos, mais uma do que na semana anterior. No Algarve, o número de internados em UCI não se alterou, mas os internados em enfermaria geral sim: são 60, mais uma pessoa do que na semana anterior.
Maioria dos casos entre os 10 e 19 anos
A maior queda no número de casos aconteceu junto dos jovens com idades entre 10 e 19 anos — menos 5229 casos do que na semana anterior. Contudo, é nesta faixa etária que se concentra o maior número de casos: 13.409.
A faixa etária que viu um maior aumento no número de casos face à semana anterior foi a dos 50 aos 59 anos (mais 2109, num total de 10.193), seguida da dos 60 aos 69 anos (mais 1414 casos, num total de 6649).
A maioria dos óbitos aconteceu na faixa etária de 80 ou mais anos (88 mortes). Registaram-se 23 mortes entre os 70 e os 79, oito entre os 60 e 69 anos, três entre os 50 e os 59 anos e uma entre os 40 e 49 anos.
É entre os idosos com 80 ou mais anos que se regista o maior número de internamentos em enfermaria: são 503 (menos 49 do que na semana passada).
Porém, é entre as pessoas com 70 ou mais anos que se regista o maior número de internados nos cuidados intensivos (20 pessoas, número igual ao da semana passada). Há uma criança entre os 0 e os nove anos internada na UCI; uma com idade entre os dez e 19 e cinco pessoas com idades entre os 20 e 29.
91% com vacinação completa; 60% com vacinação de reforço
Pelo menos 91% da população tem a vacinação completa — e a percentagem é de 100% entre os 50 e os 80 ou mais anos. É nas faixas etárias mais baixas que se regista uma menor cobertura: apenas 29% das crianças entre os cinco e os 11 anos têm vacinação completa.
Sessenta por cento dos portugueses têm vacinação de reforço. Desses, a maior cobertura regista-se entre os idosos com 80 ou mais anos, com 94% deles completamente vacinados. As percentagens descem nas faixas etárias seguintes e é apenas de 41% entre os 18 e os 24 anos.
Linhagem BA.2 da Ómicron é dominante
A DGS e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa) passaram a disponibilizar, a partir desta sexta-feira, um relatório de monitorização da situação epidemiológica da covid-19 para “preparar a transição para uma fase posterior de recuperação da pandemia”. Este documento substituiu o relatório das “linhas vermelhas”, que até agora era divulgado semanalmente.
Segundo o relatório, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 nos últimos sete dias foi de 22,2%, um valor que está acima do limitar recomendado de 4%. “Comparando com os dados do período anterior, observa-se uma diminuição no número de testes realizados (de 415 mil para 388 mil) e um ligeiro aumento da proporção de testes positivos”.
A linhagem BA.2 da variante Ómicron continua a ser “claramente dominante” em Portugal, com uma frequência de 82% dos novos casos. Por outro lado, a linhagem BA.1 da Ómicron apresenta uma tendência decrescente e representa 18% dos casos.