Ex-primeiro-ministro búlgaro detido por suspeitas de desvio de fundos europeus

Borissov, o ex-ministro das Finanças e outros dois membros do maior partido de oposição da Bulgária são suspeitos no âmbito de uma investigação da Procuradoria Europeia.

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Boiko Borissov, ex-primeiro-ministro da Bulgária DIMITAR KYOSEMARLIEV/Reuters

Boiko Borissov, antigo primeiro-ministro e líder do Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) – o maior partido de oposição da Bulgária – foi detido na noite de quinta-feira pela polícia, no âmbito de uma investigação da Procuradoria Europeia por suspeitas de desvio de fundos europeus, informou o Ministério do Interior.

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Boiko Borissov, antigo primeiro-ministro e líder do Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB) – o maior partido de oposição da Bulgária – foi detido na noite de quinta-feira pela polícia, no âmbito de uma investigação da Procuradoria Europeia por suspeitas de desvio de fundos europeus, informou o Ministério do Interior.

A polícia búlgara deteve outros três membros do partido conservador: o ex-ministro das Finanças, Vladislav Goranov; a deputada e ex-presidente da comissão de Finanças e Orçamento do Parlmento, Menda Stoianova; e a assessora do partido Secdalina Araudova.

As detenções aconteceram no último de uma visita de dois dias da procuradora-geral europeia, Laura Kovesi, à Bulgária. Após receber dezenas de denúncias sobre suspeitas de corrupção e fraude no país, o seu gabinete abriu 120 investigações.

Pouco depois de conhecidas as notícias sobre a detenção de Borissov, Kiril Petkov, actual primeiro-ministro e co-líder do partido anticorrupção e centrista Vamos Continuar a Mudança (PP) publicou uma mensagem nas suas redes sociais a defender que “ninguém está acima da lei”.

Chefe do Governo em três períodos (2009-2013; 2014-2017; 2017-2021), Boiko Borissov deixou o cargo em Abril do ano passado, na sequência de protestos massivos em todo o país contra a incapacidade do poder político de combater a corrupção generalizada.

O PP acabou por vencer, em Novembro, as terceiras eleições realizadas em menos de um ano, e lidera agora uma coligação de governo, com outros três partidos.

Na quinta-feira à noite, dezenas militantes e apoiantes do GERB juntaram-se em frente à casa de Borissov, nos arredores de Sófia, acusando o novo Governo e a polícia búlgara de “repressão política”.