Petróleo volta a subir e está nos 109 dólares

Ao 23º dia de conflito na Ucrânia, o petróleo regressa acima dos 100 dólares por barril.

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A interrupção das importações russas pode ditar menos três milhões de barris de petróleo por dia no mercado. Reuters/FABIAN BIMMER

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O barril de Brent, que serve de referência às economias europeias, regressou acima dos 100 dólares estando a ser transaccionado esta sexta-feira em Londres nos 109 dólares (mais 2,26%).

Tal como o Brent, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, regista ganhos. O barril vale 103,8 dólares (mais 0,82%).

A subida acontece um dia depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) ter avisado que o mundo pode enfrentar um choque petrolífero sem precedentes com a interrupção das importações russas, que pode retirar à oferta global cerca de três milhões de barris diários.

Esta sexta-feira, está agendado o telefonema entre os presidentes norte-americano e chinês, Joe Biden e Xi Jinping, com hora prevista para as 13h (hora de Lisboa), em que o líder norte-americano procurará forçar o homólogo chinês a esclarecer se apoia ou não a Rússia na decisão de invadir a Ucrânia e se poderá enviar suporte às tropas russas.

O desfecho da conversa entre os líderes das duas potências mundiais poderá dar o sinal de um agravamento ou de um alívio da crise vivida desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há 23 dias.

As bolsas continuam em suspenso do que poderá acontecer no conflito. O índice pan-europeu Stoxx 600, que agrega as principais cotadas do continente, estava a cair 0,14%.

Em Lisboa, o índice de referência PSI 20 (que a partir de segunda-feira passará a ser apenas PSI, composto por um total de 15 empresas) estava a cair 0,27%, com a EDP Renováveis a valorizar-se 1,26% e a liderar as subidas.

Nas descidas, a Altri e os CTT eram os títulos mais penalizados, com quedas acima de 3%.

No gás natural, o índice TTF mantinha-se a subir e o contrato para Maio estava a ser transaccionado acima dos 105 euros por MWh.