Elena Medel: poético, feminista, humano, o seu primeiro romance é um caso
Será tudo uma questão de dinheiro? De poder? De origem? São as perguntas de Elena Medel no romance As Maravilhas. Falam de uma precariedade a partir do feminino e de como isso molda um percurso, um modo de ver o mundo. Poético, feminista, humano, este primeiro romance de uma poeta é um caso.
“Talvez isto seja mesmo universal”, diz Elena Medel, olhos como dois clarões num rosto de pele muito clara. “Talvez eu achasse que estava a escrever sobre mulheres em momentos significantes na história recente de Espanha, mas afinal isto ressoa como uma verdade global”. “Isto” a que a poeta, ensaísta, editora se refere é o núcleo de As Maravilhas, romance de estreia, um livro que parte da precariedade no feminino para perguntar até que ponto essa precaridade pode moldar uma vida.