Não há-de ter passado despercebido: no Festival RTP da Canção de 2022, entre as concorrentes estava uma canção escrita e cantada em português do Brasil. Não foi a primeira vez: já em 2021 sucedera o mesmo. Se no ano passado ouvíramos Tainá, jovem cantora e compositora nascida no Estado do Pará e radicada em Portugal há quatro anos, cantar Jasmim, canção de sua autoria, agora foi a vez de Blacci, uma luso-brasileira de 20 anos a residir em Portugal desde os seis, que apresentou no festival a canção Mar no fim, composta em parceria com outros autores. Foram ambas excluídas em semifinais, mas o que interessa para o que aqui nos traz é a admissão natural de outra variante do português no curso das nossas vidas e, no caso, num concurso de canções – para representar Portugal – onde tem havido, e bem, estimulantes sonoridades afro (Paulo Flores ou Aline Frazão já estiveram entre os compositores e este ano tivemos Pongo e Tristany).
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Não há-de ter passado despercebido: no Festival RTP da Canção de 2022, entre as concorrentes estava uma canção escrita e cantada em português do Brasil. Não foi a primeira vez: já em 2021 sucedera o mesmo. Se no ano passado ouvíramos Tainá, jovem cantora e compositora nascida no Estado do Pará e radicada em Portugal há quatro anos, cantar Jasmim, canção de sua autoria, agora foi a vez de Blacci, uma luso-brasileira de 20 anos a residir em Portugal desde os seis, que apresentou no festival a canção Mar no fim, composta em parceria com outros autores. Foram ambas excluídas em semifinais, mas o que interessa para o que aqui nos traz é a admissão natural de outra variante do português no curso das nossas vidas e, no caso, num concurso de canções – para representar Portugal – onde tem havido, e bem, estimulantes sonoridades afro (Paulo Flores ou Aline Frazão já estiveram entre os compositores e este ano tivemos Pongo e Tristany).