Putin “é um criminoso de guerra”, acusa Biden. “Retórica inaceitável”, responde o Kremlin
Biden já parecia estar de saída quando acabou por dizer a uma jornalista: “Ele é um criminoso de guerra”, referindo-se a Vladimir Putin.
- Em directo. Siga os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia
- Guia visual: mapas, vídeos e imagens que explicam a guerra
- Especial: Guerra na Ucrânia
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
- Em directo. Siga os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia
- Guia visual: mapas, vídeos e imagens que explicam a guerra
- Especial: Guerra na Ucrânia
O Presidente norte-americano afirmou que Vladimir Putin é um “criminoso de guerra”. Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, esta quarta-feira, Joe Biden acusou especificamente o Presidente russo de cometer crimes de guerra durante a invasão da Ucrânia.
O Kremlin foi rápido a reagir. O porta-voz Dmitri Peskov disse que os comentários de Joe Biden são “retórica inaceitável e imperdoável” vinda do líder de um país cujas bombas mataram milhares de pessoas, de acordo com as agências russas Ria Novosti e Tass, citada pela Reuters.
Até hoje, o governo norte-americano evitou utilizar esta expressão, alegando estar à espera das conclusões de uma investigação sobre a invasão russa. Mas em resposta à pergunta de uma jornalista, à saída de um evento dedicado à luta contra a violência doméstica, que decorreu na Casa Branca, Joe Biden pareceu não ter dúvidas: “Ele é um criminoso de guerra”, concluiu.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse mais tarde que o Presidente norte-americano tinha falado “do coração” e que separadamente há um processo legal a decorrer, no Departamento de Estado, para determinar se Putin violou a lei internacional e cometeu crimes de guerra.
As palavras de Biden surgem hoje, no mesmo dia em que o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ordenou que a Rússia suspendesse imediatamente a invasão da Ucrânia. Não foram encontradas quaisquer provas que sustentem um suposto genocídio contra russófonos no leste do país, disse o Tribunal, contrariando o argumento que Moscovo tem usado para justificar a guerra.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, já tinha usado uma expressão semelhante: descreveu na semana passada como um “crime de guerra hediondo” o bombardeamento russo de uma maternidade e hospital pediátrico perto de Mariupol, que causou três mortos, incluindo uma criança, e 17 feridos.