Ricardo Santos quebra jejum de três anos sem vitórias
Algarvio esteve imponente no Optilink Tour Championship em Vilamoura
Ricardo Santos regressou às vitórias e quebrou um jejum de quase três anos sem títulos, ao vencer hoje (quarta-feira) o Optilink Tour Championship, no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, tornando-se no primeiro português a ganhar a final do PT Tour.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ricardo Santos regressou às vitórias e quebrou um jejum de quase três anos sem títulos, ao vencer hoje (quarta-feira) o Optilink Tour Championship, no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, tornando-se no primeiro português a ganhar a final do PT Tour.
O campeão nacional de 2011 e 2016 aguentou bem os ataques da concorrência e ainda se deu ao luxo de dilatar a margem de vitória para 6 pancadas em relação aos 2.º classificados, o escocês Kieran Cantley e o inglês Ben Bailey.
Com uma terceira e última volta de 67 pancadas, 5 abaixo do Par, muito perto do seu registo de ontem de 66 (-6), que tinha-lhe permitido assaltar o comando, Ricardo Santos totalizou 203 (-13) e garantiu o cheque de 3.500 euros referente ao primeiro prémio, do ‘prize-money’ total de 20 mil euros.
O algarvio, a jogar em casa, num campo que ele representou durante muitos anos no DP World Tour, a primeira divisão europeia, só sofreu 3 bogeys em três dias de prova – hoje, apenas no último buraco, no 18, onde fizera birdie nos dias anteriores. Em contrapartida, converteu 16 birdies, mostrando que está de novo a atravessar uma boa fase da carreira.
“O meu jogo está a ir na direção que eu quero para poder ter mais oportunidades de vitórias ou andar na luta por elas”, disse o profissional da Titleist, que não sente que tenha de fazer grandes adaptações ao seu jogo, passados tantos anos no circuito.
“O jogo é parecido ao dos últimos dez anos. A idade traz mais maturidade, sim, e é mais isso, o encarar de forma diferente o jogo”, acrescentou o português de 39 anos.
Essa maturidade permitiu-lhe atacar a última volta logo desde o início e retirar quaisquer veleidades aos potenciais rivais, com 2 birdies nos primeiros dois buracos e 4 birdies nos primeiros nove.
“O dia hoje esteve bem melhor, não choveu e não fez vento, estava perfeito para jogar golfe. Voltei a jogar muito sólido, especialmente nos shots ao green”, explicou Ricardo Santos, que vai voltar mais motivado ao DP World Tour (ex-European Tour), onde tem estado a competir nesta época de 2022.
“É sempre muito bom voltar a ganhar, especialmente quando a última vitória já tinha sido há dois anos e meio, mais ou menos2, disse o campeão de um título do European Tour (o Madeira Islands Open BPI de 2012) e de dois troféus no Challenge Tour (o Princess by Schuco, na Suécia, em 2011 e o Swiss Challenge, em 2019).
Esse Challenge da Suíça, em junho de 2019, integrado na segunda divisão do golfe profissional europeu, tinha sido o seu último título.
Neste PT Tour, Ricardo Santos não ganhava desde o 1.º Palmares Open, também no Algarve, em novembro de 2018, quando o circuito promovido por José Correia ainda tinha o nome de Portugal Pro Golf Tour.
O Optilink Tour Championship contou com um total de 70 participantes e mais três portugueses conseguiram ainda concluir a prova no top-10.
Pedro Figueiredo, também jogador do DP World Tour, foi o primeiro líder do torneio, após uma boa volta inicial de 68 (-4) e terminou no 8.º lugar com 213 (-3), recebendo 750 euros.
Tomás Melo Gouveia, membro do Challenge Tour, foi 9.º classificado, com 214 (-2), empatado com o também português Hugo Santos e com o escocês Jeff Wright, embolsando cada um 675 euros de prémio.
O PT Tour teve várias novidades em 2022, duas delas contar para o ranking mundial amador e ainda oferecer prémios monetários aos três melhores amadores de cada torneio, de acordo com os novos regulamentos internacionais da modalidade.
Graças à parceria estabelecida com a SGA (Season Golf Academy), onde o português David Silva é o Head Coach do programa de captação e desenvolvimento de jovens, foi possível atribuir 300 euros ao melhor amador, neste caso o escocês Jamie Mann, que, tal como Ricardo Santos, beneficiou do fator casa, pois reside no Algarve e representa o Clube de Golfe de Vilamoura.
Jamie Mann costuma jogar os circuitos da Federação Portuguesa de Golfe e neste Optilink Tour Championship quase alcançava um top-20, ficando no grupo dos 21.º classificados, com 219 pancadas, 3 abaixo do Par, após voltas de 73, 71 e 75.
Recorde-se que o PT Tour é um circuito internacional, sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe e pelo circuito britânico Jamega Pro Golf Tour. Conta ainda para o novo ranking da seleção nacional de profissionais da FPG.
Veja mais em www.golftattoo.com