Sotheby’s, Christie’s e Bonhams cancelam leilões de arte russa em Londres
As três leiloeiras integram, juntamente com a MacDougall’s, a Russian Art Week, feira de arte que se realiza bianualmente em Londres, em Junho e Novembro, desde 2012, e que atraía muitos coleccionadores do país, incluindo milionários e oligarcas alvo de sanções após a invasão da Ucrânia.
As leiloeiras Sotheby’s, a Christie’s e a Bonhams cancelaram os leilões de arte russa, marcados para Junho, em Londres, e que, tradicionalmente, atraíam muitos coleccionadores do país, entre os quais milionários e oligarcas alvo de sanções na sequência da invasão da Ucrânia.
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As leiloeiras Sotheby’s, a Christie’s e a Bonhams cancelaram os leilões de arte russa, marcados para Junho, em Londres, e que, tradicionalmente, atraíam muitos coleccionadores do país, entre os quais milionários e oligarcas alvo de sanções na sequência da invasão da Ucrânia.
A notícia é avançada pelo Art Newspaper, que cita um comunicado da Sotheby’s emitido esta terça-feira em que a leiloeira anunciava o cancelamento, acompanhando-o de uma mensagem de solidariedade para com os afectados pela “crise na Ucrânia”. Algumas horas depois, foi a vez de a Christie’s anunciar igualmente o cancelamento dos seus leilões de arte russa marcados para o mesmo mês. Esta quarta-feira também a Bonhams confirmou que não terá lugar o leilão que tinha marcado para 15 de Junho. O último leilão de arte russa da Sotheby’s, em Novembro, atingiu, segundo então noticiado pela leiloeira, o maior valor de sempre, 17,7 milhões de libras (cerca de 21 milhões de euros)
As três leiloeiras integram, juntamente com a MacDougall’s, a Russian Art Week, feira de arte que se realiza bianualmente em Londres, em Junho e Novembro, desde 2012. A MacDougall’s, segundo o Art Newspaper, declinou fazer qualquer comentário quanto às acções que tomará futuramente em relação aos leilões.
Vários dos oligarcas incluídos na lista de personalidades russas alvo de sanções são reconhecidos coleccionadores, como é o caso de Roman Abramovich, o ex-proprietário do Chelsea Football Club que é também co-fundador de um importante centro de arte contemporânea em Moscovo, o Garage, encerrado no início do mês “até que a tragédia política e humana em curso na Ucrânia termine”, ou Petr Aven, que dirige o maior banco comercial russo, o Alfa Bank, e que detém uma importante colecção de arte russa vanguardista. Na primeira semana de Março, Aven renunciou ao cargo que ocupava enquanto membro do conselho de administração da londrina Royal Academy of Arts.