Reino Unido inclui primeiro-ministro, ministro da Defesa e ex-Presidente russos em novo pacote de sanções
Lista britânica tem mais 370 nomes, incluindo cerca de 50 oligarcas e alguns dos principais porta-vozes do Kremlin e de Putin. Comércio de vodca, de artigos luxuosos e de obras de arte também vai sofrer restrições.
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O Governo do Reino Unido acrescentou nesta terça-feira mais 370 cidadãos russos à lista de sanções destinada a pressionar o círculo político e empresarial mais próximo de Vladimir Putin e do Kremlin, por causa da invasão russa da Ucrânia.
Segundo Downing Street, os novos alvos têm um património líquido combinado de cerca de 100 mil milhões de libras (cerca de 119 mil milhões de euros).
Entre os 370 nomes, que incluem cerca de 50 oligarcas, destacam-se os do primeiro-ministro da Federação Russa, Mikhail Mishustin; o do ministro da Defesa, Serguei Shoigu; o do ex-Presidente, ex-primeiro-ministro e actual presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev; o do porta-voz de Putin, Dmitri Peskov; e o da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.
Da nova lista britânica – cujos integrantes já constavam, praticamente todos, dos pacotes de sanções prometidos ou anunciados por Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Austrália –, encontram-se ainda os co-fundadores do maior banco de investimento russo (Alfa-Bank), Piotr Aven e Mikhail Fridman, e a directora da televisão russa RT, Margarita Simonian.
As sanções incluem, entre outras medidas, o congelamento de bens e de activos financeiros das pessoas em causa no Reino Unido e a proibição de viagens de e para o país.
“Estamos a ir mais longe e mais rápido que nunca para atingirmos aqueles que são mais próximos de Putin – desde grandes oligarcas, até ao seu primeiro-ministro e aos propagandistas que espalham as suas mentiras e desinformação”, sublinhou a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Elizabeth Truss.
“Estamos a responsabilizá-los pela sua cumplicidade com os crimes da Rússia na Ucrânia”, acrescentou, citada pela BBC.
A lista de indivíduos e de entidades russas sancionados pelo Governo de Boris Johnson já tem mais de mil nomes, com destaque para o de Roman Abramovich, o agora ex-proprietário do clube de futebol londrino Chelsea FC, que adquiriu nacionalidade portuguesa ao abrigo da Lei da Nacionalidade, como judeu sefardita, e cujo nome está também incluído na última ronda de sanções europeias.
Para além das sanções individuais, Downing Street anunciou ainda uma proibição de exportação de produtos luxuosos e de obras de arte para a Rússia e um aumento de 35% nas taxas alfandegárias de importação de vodca e de centenas de outros produtos russos avaliados em 900 milhões de libras.
“As nossas novas taxas alfandegárias vão isolar ainda mais a economia russa do comércio global, garantindo que não beneficia do sistema internacional baseado em regras que não respeita”, afirmou o ministro das Finanças do Reino Unido, citado pelo site oficial do Governo.
“Estas sanções (…) vão limitar o acesso da Rússia ao sistema financeiro internacional, sancionar os amigos de Putin e exercer pressão económica máxima ao seu regime”, explica Rishi Sunak.