Subida de casos em vários países europeus: começou uma nova vaga?
Eric Topol, especialista do Instituto Scripps, não tem dúvidas: a nova vaga de covid-19 já começou.
O investigador Eric Topol, do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, que tem sido um grande disseminador de informação científica sobre a covid-19, não tem dúvidas: “Começou a próxima vaga de covid-19 na Europa.”
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O investigador Eric Topol, do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, que tem sido um grande disseminador de informação científica sobre a covid-19, não tem dúvidas: “Começou a próxima vaga de covid-19 na Europa.”
Topol mostra dois gráficos, com uma série de curvas ascendentes em vários países europeus, um de casos de infecção pelo coronavírus e o outro de hospitalizações em alguns dos países. Os indicadores de infecção estão a subir no Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Suíça, Itália ou Portugal; os de hospitalizações no Reino Unido, Irlanda, Países Baixos ou Suíça.
Em Portugal, um relatório do Instituto Superior Técnico dizia, na semana passada, que a pandemia está a “agravar-se de forma significativa” em Portugal, com o índice de transmissibilidade — R(t) — a subir para 1,09, o que poderá resultar numa sexta vaga de infecções.
Eric Topol escreveu há dias um artigo sobre o perigo de se achar que a pandemia estava terminada e de serem levantadas todas as medidas de prevenção. “Mas não esperava que a nova vaga se manifestasse tão cedo”, disse no Twitter.
A subida está a acontecer cerca de um mês depois de vários países europeus levantarem as maiores restrições ainda em vigor para dificultar a transmissão do vírus que provoca a covid-19, diz o professor Bruce Y. Lee, da Universidade da Cidade de Nova Iorque, num artigo na revista Forbes.
Em meados de Fevereiro, a Alemanha anunciou um plano de duas fases de levantamento de restrições, a par das vizinhas Áustria e Suíça. A segunda fase deveria acontecer a 20 de Março. Os Países Baixos também avançaram com levantamento de restrições: os bares e discotecas, por exemplo, voltaram aos horários normais.
Dias depois, no Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que era preciso “viver com o vírus” e anunciou o fim de todas as restrições, do programa de testagem e dos pagamentos do Estado a quem tivesse de se auto-isolar por estar infectado com o vírus.