Carla Bolito e a cabeça de um passado colonialista

A Minha Cabeça, deste sábado a 17 de Março no Teatro do Bairro Alto, Lisboa, coloca a actriz, encenadora e autora perante a pergunta: O que fazer com a herança de uma cabeça de marfim trazida de Moçambique? E o que fazer com a história que transporta?

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Em A Minha Cabeça, a actriz e encenadora Carla Bolito mergulha na história familiar e no passado colonial ALIPIO PADILHA

A cabeça do seu pai, desconfia Carla Bolito, ficou lá. Lá, em Moçambique. A cabeça do seu pai como a de tantos outros pais e mães que viveram naquelas paragens e que, no regresso a Portugal após o 25 de Abril, nunca regressaram por completo. Não é esse o primeiro sentido de A Minha Cabeça, a peça em que a actriz, encenadora e autora mergulha na história familiar e no passado colonial, e tenta dar um uso concreto à cabeça de marfim que lhe coube em sorte.

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A cabeça do seu pai, desconfia Carla Bolito, ficou lá. Lá, em Moçambique. A cabeça do seu pai como a de tantos outros pais e mães que viveram naquelas paragens e que, no regresso a Portugal após o 25 de Abril, nunca regressaram por completo. Não é esse o primeiro sentido de A Minha Cabeça, a peça em que a actriz, encenadora e autora mergulha na história familiar e no passado colonial, e tenta dar um uso concreto à cabeça de marfim que lhe coube em sorte.