Voos de jactos russos com matrícula portuguesa denunciados por Rui Pinto estão a ser investigados
Autoridade de aviação civil confirma estar a investigar. Rui Pinto denunciou no Twitter rotas feitas por aviões de oligarcas russos com matrícula portuguesa.
- Em directo. Siga os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia
- Guia visual: mapas, vídeos e imagens que explicam a guerra
- Especial: Guerra na Ucrânia
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
- Em directo. Siga os últimos desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia
- Guia visual: mapas, vídeos e imagens que explicam a guerra
- Especial: Guerra na Ucrânia
A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) está a investigar denúncias publicadas por Rui Pinto no Twitter sobre alegadas rotas feitas por jactos executivos de oligarcas russos com matrícula portuguesa. A notícia é avançada esta quinta-feira pelo Expresso, que refere ter tido a garantia de fonte oficial da ANAC quanto à investigação.
A 28 de Fevereiro a União Europeia (UE) proibiu os aviões russos, onde estão também incluídos os jactos de oligarcas, de aterrar, descolar ou sobrevoar a UE. É por isso que a ANAC está ainda a “analisar”, diz o mesmo jornal, se o contrato de fretamento foi concluído antes ou depois dessa data.
No Twitter, Rui Pinto escreveu na segunda-feira que o russo Dmitry Mazepin, presidente da Uralchem Integrated Chemicals Company, uma empresa de produtos químicos, e um dos oligarcas alvo de sanções da UE devido à invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin, tem dois aviões privados, sendo que um deles tem uma matrícula portuguesa. Ambos, diz Rui Pinto, encontram-se actualmente em Moscovo.
A ANAC confirmou que a aeronave, um Bombardier Challenger 650 com a matrícula CS-DOF, está, de facto, registada no Registo Aeronáutico Nacional (RAN).
“A ANAC está a analisar as situações pertinentes, incluindo as que vieram a público, veiculadas pelos órgãos de comunicação social, tendo em conta o enquadramento definido na legislação da União Europeia e demais legislação que aplica as sanções, em coordenação com as demais entidades competentes”, refere aquela entidade, citada no Expresso.
Questionada sobre quantos aviões com matrícula portuguesa têm donos russos, a autoridade da aviação civil respondeu que o Registo Aeronáutico Nacional não possui elementos documentais que permitam identificar a nacionalidade das pessoas singulares e atestar que são cidadãos russos.