Líder do PSD-Coimbra quer condicionar estratégia de Rio até à eleição do próximo líder
Paulo Leitão considera “descabido” que Rui Rio se indique para o Conselho de Estado e quer que o conselho nacional social-democrata seja ouvido.
O líder da distrital do PSD-Coimbra quer que o próximo conselho nacional do partido, marcado para segunda-feira, discuta a estratégia do partido nos próximos meses bem como os nomes que Rui Rio terá de indicar para vários órgãos até deixar a liderança. Nesse sentido, Paulo Leitão enviou um pedido de adenda à ordem de trabalhos. É uma iniciativa que tenta condicionar os últimos meses de liderança de Rui Rio, que já disse ter intenções de deixar o partido até ao início do Verão.
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O líder da distrital do PSD-Coimbra quer que o próximo conselho nacional do partido, marcado para segunda-feira, discuta a estratégia do partido nos próximos meses bem como os nomes que Rui Rio terá de indicar para vários órgãos até deixar a liderança. Nesse sentido, Paulo Leitão enviou um pedido de adenda à ordem de trabalhos. É uma iniciativa que tenta condicionar os últimos meses de liderança de Rui Rio, que já disse ter intenções de deixar o partido até ao início do Verão.
O conselho nacional tem na agenda a aprovação da proposta da convocação de eleições directas e a realização do congresso. No requerimento enviado a Paulo Mota Pinto, presidente do conselho nacional, o líder do PSD-Coimbra solicita que seja acrescentado um ponto: “Análise e discussão das linhas estratégicas a adoptar até ao próximo congresso.”
Em causa está um conjunto de decisões que Rui Rio terá de tomar nas próximas semanas e sobre as quais Paulo Leitão defende que deve ser ouvido o conselho nacional. Numa nota de imprensa, o ex-deputado, que foi apoiante de Paulo Rangel e de Luís Montenegro em directas anteriores, refere-se expressamente ao “perfil das personalidades a indicar para o Conselho de Estado bem como para outras entidades a designar na Assembleia da República”.
A mesma nota refere-se também à eleição do líder da bancada parlamentar e à tomada de posições sobre alterações ao regimento da Assembleia da República como a do regresso dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. “Esta auscultação, debate e reflexão assumem especial importância dado o anúncio da saída do presidente do PSD, visto que apesar deste ter legitimidade formal para tomar decisões sobre os temas anteriormente elencados, esta não deverá ter influência na capacidade de fazer oposição da próxima liderança”, lê-se na nota.
Como exemplo, Paulo Leitão aponta como “descabido” que Rui Rio “se venha a indicar novamente para o Conselho de Estado, privando assim, muito provavelmente, o próximo líder de ter assento neste órgão, pelo calendário eleitoral que adoptou”.