Mulheres do rock em Portugal “fazem barulho” em exposição

Mulheres que fazem barulho é o nome de uma exposição inédita que celebra as mulheres da cena rock em Portugal, desde o pós-25 de Abril à actualidade. Para visitar na Universidade do Porto até 30 de Setembro.

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Cláudia Guerreiro (Linda Martini), Andreia Gomes Carvalho

A exposição Mulheres que fazem barulho, inaugurada no Dia Internacional da Mulher, retrata o rock português que “é incontornável para explicar a sociedade portuguesa contemporânea”, mas vai contar também a história com “ventos de mudança” trazidos pelas mulheres do rock em Portugal, disse a vice-reitora da Universidade do Porto para a área da Cultura e Museus, Fátima Vieira, à Lusa.

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A exposição Mulheres que fazem barulho, inaugurada no Dia Internacional da Mulher, retrata o rock português que “é incontornável para explicar a sociedade portuguesa contemporânea”, mas vai contar também a história com “ventos de mudança” trazidos pelas mulheres do rock em Portugal, disse a vice-reitora da Universidade do Porto para a área da Cultura e Museus, Fátima Vieira, à Lusa.

Mulheres que fazem barulho faz parte de um “projecto mais amplo": “Vamos aproveitar esta metáfora para as mulheres que fizeram, fazem e vão continuar a fazer barulho em todos os quadrantes da sociedade”, disse Fátima Vieira, afirmando que a missão do projecto alargado é “escrever novas narrativas, mais inclusivas, com conhecimento mais profundo da história”.

A exposição vai revelar “objectos icónicos” escolhidos pelas artistas portuguesas, como vestidos, meias rasgadas, discos, cassetes, rabiscos de letras, pautas, baquetas e objectos marcantes nas respectivas carreiras das mulheres do rock português.

Organizada pela Casa Comum e pelo Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, a exposição vai estar dividida em quatro “quadros temáticos” a partir dos quais vai ser possível percorrer os percursos de cada uma das artistas homenageadas.

“Viver Depressa, Morrer Tarde” dá o mote para o quadro que celebra os trajectos “longos e bem-sucedidos” de Ana da Silva (The Raincoats), Anabela Duarte (Mler Ife Dada) e Ondina Pires (Pop Dell"Arte, Ezra Pound & A Loucura e The Great Lesbian Show). “Berrar mais Alto” pela voz de quatro “mulheres carismáticas, que deixaram marcas da sua voz nas cenas do rock português”: são elas Ana Deus (Ban, Três Tristes Tigres), Xana (Rádio Macau), Manuela Azevedo (Clã) e Beatriz Rodrigues (Dirty Coal Train).

Nesta viagem pela história da música portuguesa, o visitante vai também cruzar-se com “mulheres que recusaram a imagem estereotipada e objectificada que as cenas do rock lhes queriam impor”. “Cansei de Ser Sexy” é o grito de revolta que conduz à descoberta de Cláudia Guerreiro (Linda Martini), Sandra Baptista (Sitiados e A Naifa), Lena D'Água e Marta Abreu (Voodoo Dolls e Mão Morta).

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A mostra vai também revelar “promessas da música e do que está por vir”. As “Sementes do Futuro” são lançadas por Carolina Brandão (Sunflowers), Elsa Pires (Bee Keeper), Mariana Santos, Dulce Moreira e Ana Clément (CRudE).

A exposição Mulheres que fazem barulho abre ao público no dia 9 de Março e pode ser visitada até dia 30 de Setembro, no auditório da Casa Comum (Sala Casa Comum) da Universidade do Porto.

A inauguração conta com a presença de algumas das várias artistas, como por exemplo Lena D'Água, Ana Deus, Anabela Duarte e Xana. A exposição vai ser acompanhada por um programa de eventos paralelos a ser anunciado em breve.