UE acrescenta mais oligarcas russos à lista das sanções e exclui três bancos bielorrussos do SWIFT
Os novos nomes ainda não foram divulgados, mas a proposta aponta para mais de uma dezena de empresários ligados aos sectores dos transportes e telecomunicações, e da indústria química.
Os Estados-membros da União Europeia deram luz verde, nesta quarta-feira, a um reforço das sanções e medidas restritivas impostas à Rússia e à Bielorrússia por causa da invasão da Ucrânia. Os 27 decidiram acrescentar mais nomes de dirigentes e oligarcas russos à lista de indivíduos sujeitos ao congelamento de bens e proibição de viagens na UE, e também excluir três entidades financeiras bielorrussas do sistema SWIFT, que processa transferências monetárias internacionais.
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Os Estados-membros da União Europeia deram luz verde, nesta quarta-feira, a um reforço das sanções e medidas restritivas impostas à Rússia e à Bielorrússia por causa da invasão da Ucrânia. Os 27 decidiram acrescentar mais nomes de dirigentes e oligarcas russos à lista de indivíduos sujeitos ao congelamento de bens e proibição de viagens na UE, e também excluir três entidades financeiras bielorrussas do sistema SWIFT, que processa transferências monetárias internacionais.
Segundo informou a presidência francesa do Conselho da União Europeia, as novas medidas (que serão adoptadas por procedimento escrito) visam personalidades e entidades directamente implicadas na agressão russa contra a Ucrânia.
Os novos nomes na lista não foram ainda divulgados, mas a proposta apontava para mais de uma dezena de empresários ligados aos sectores dos transportes e telecomunicações, e da indústria química. A UE também estava a avaliar a eventual inclusão dos membros da câmara alta do Parlamento russo na lista dos sancionados: a Assembleia Federal, o mais alto órgão legislativo do país, tem 170 lugares.
Os Estados-membros também aprovaram novas acções destinadas a “completar” e “alinhar” as medidas que têm vindo a ser adoptadas, nomeadamente aquelas que afectam o sector económico e financeiro. São “clarificações” relativas à questão das criptomoedas e dos produtos e tecnologias que estão sujeitos a controlos e restrições de exportação para a Rússia.
“Sanções que afectam o sector marítimo foram igualmente aprovadas”, informou a presidência francesa, sem mais detalhes. Ao que o PÚBLICO apurou, essas medidas não passam pelo encerramento dos portos europeus aos navios com bandeira russa.
De acordo com a base de dados Castellum.ai, que colige informação sobre as sanções e medidas restritivas que estão em vigor em todo o mundo, na sequência da invasão da Ucrânia, a 24 de Fevereiro, a Rússia foi projectada para a primeira posição como o país mais sancionado de todos.
Em apenas dez dias, foram aplicadas 2778 novas sanções a indivíduos e entidades da Rússia, que agora está sujeita a 5530 sanções e restrições, um número superior àquelas que foram impostas ao Irão e à Coreia do Norte, informa a Bloomberg.