Netflix suspende o seu serviço na Rússia
Mais uma empresa, e mais uma empresa de media, boicota os consumidores russos numa tentativa de exercer pressão sobre a sociedade civil do país invasor da Ucrânia.
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A Netflix, a maior plataforma de streaming do mundo, anunciou domingo que vai suspender o seu serviço na Rússia em resposta à invasão por este país do território ucraniano. A empresa junta-se assim a outras empresas de media que estão a boicotar os consumidores russos numa tentativa de exercer pressão sobre a sociedade civil do país.
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A Netflix, a maior plataforma de streaming do mundo, anunciou domingo que vai suspender o seu serviço na Rússia em resposta à invasão por este país do território ucraniano. A empresa junta-se assim a outras empresas de media que estão a boicotar os consumidores russos numa tentativa de exercer pressão sobre a sociedade civil do país.
“Dadas as circunstâncias no terreno, decidimos suspender as nossas operações na Rússia”, disse domingo um porta-voz da Netflix a várias publicações.
Não se sabe ao certo quantos utilizadores a medida irá afectar, visto que a empresa não divulga números específicos para cada um dos 190 países ou territórios onde está disponível — mas o diário económico Wall Street Journal e a revista especializada Variety indicam que a Netflix terá nem um milhão de assinantes no país (no mundo, são 222 milhões). A plataforma está na Rússia desde 2016, com uma operação específica para o país com pouco mais de um ano no terreno. A sua presença na Rússia está associada ao grupo estatal de media públicos.
Nos últimos dias, a empresa estava a caminhar neste sentido: suspendeu a produção da sua primeira série original russa, sobre Anna Karenina, bem como uma outra série intitulada Zato; violando a lei russa que obriga à presença de canais russos no catálogo da plataforma, não chegou a incluir os mesmos no seu serviço; a aquisição de novos conteúdos russos foi também congelada.
Este é apenas mais um boicote cultural aos consumos russos, que decorre a par do boicote às exportações culturais oriundas do país e aos seus artistas alinhados com o regime de Vladimir Putin. Desde a invasão da Ucrânia pelas tropas russas, deixaram de operar na Rússia importantes empresas como a Apple ou a Microsoft. Outra empresa de streaming, o Spotify, está a agir de forma mais cautelosa, fechando os seus escritórios na Rússia e impondo restrições para os utilizadores que procurem conteúdos oriundos dos media estatais russos. O TikTok anunciou que vai suspender novos conteúdos e transmissões em directo vindas da Rússia.
No cinema, os grandes estúdios norte-americanos (Disney, Warner, Universal, Paramount) cancelaram todas as estreias para a Rússia.
Outros serviços de streaming de alcance mundial como Disney+ não estão no mercado russo; a Apple TV+ e a Amazon Prime Video têm operação na Rússia mas crê-se que seja residual; a HBO Max tem há poucos meses um acordo de retransmissão com uma plataforma de streaming russa, Amediateka.