Killing Eve: a história de Eve e Villanelle chega ao fim
A quarta e última temporada da série, agora com Laura Neal aos comandos, estreou-se no final de Fevereiro. Faltam cinco episódios para chegar ao fim.
Em 2018, estreava-se Killing Eve, uma adaptação da saga literária de thrillers Villanelle, escrita por Luke Jennings. Na primeira temporada, Phoebe Waller-Bridge, a criadora e protagonista de Fleabag, estava aos comandos de uma história de espionagem em que uma agente dos serviços de contra-inteligência e segurança britânicos, o MI5, que era mais dada ao trabalho de secretária, desenvolvia por uma assassina internacional um e a estranha obsessão. A atracção, mútua, tornou o jogo do gato e do rato em algo bastante interessante, elevado pelas interpretações de Sandra Oh como Eve Polastri, a agente, e Jodie Comer como Villanelle, ou Oksana Astankova.
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Em 2018, estreava-se Killing Eve, uma adaptação da saga literária de thrillers Villanelle, escrita por Luke Jennings. Na primeira temporada, Phoebe Waller-Bridge, a criadora e protagonista de Fleabag, estava aos comandos de uma história de espionagem em que uma agente dos serviços de contra-inteligência e segurança britânicos, o MI5, que era mais dada ao trabalho de secretária, desenvolvia por uma assassina internacional um e a estranha obsessão. A atracção, mútua, tornou o jogo do gato e do rato em algo bastante interessante, elevado pelas interpretações de Sandra Oh como Eve Polastri, a agente, e Jodie Comer como Villanelle, ou Oksana Astankova.
Nenhuma das temporadas de Killing Eve chegou aos calcanhares dessa, por muitas reviravoltas que a história desse (ou por causa delas). Cada uma das épocas tinha uma pessoa diferente à frente da escrita. Na segunda era Emerald Fennell, que acabaria por ganhar um Óscar de Melhor Argumento graças a Uma Miúda com Potencial, enquanto na terceira era Suzanne Heatcote.
Não é que a quarta e derradeira temporada, que, quase dois anos após a anterior, se estreou no final de Fevereiro na HBO Portugal, que na terça-feira se transformará em HBO Max, mude muito essa maldição de não se comparar à primeira. Continua, pelo menos, a ser uma óptima montra para um elenco particularmente bom, bem como alguma piada. Não só Oh, que viu um fôlego renovado na sua carreira depois de anos de não lhe darem papéis tão sumarentos e ganhou um Globo de Ouro, e Comer, que se deu a conhecer em pleno aqui, mas também nomes como a veterana irlandesa Fiona Shaw, que faz de Carolyn, ex-chefe de Eve, ou o dinamarquês Kim Bodnia, que faz de Konstantin, ex-chefe de Villanelle.
Desta feita com Laura Neal com a responsabilidade da escrita, tenta pelo menos voltar a dar espaço a Eve, trazendo-lhe um foco renovado. A narrativa começa algum tempo após o final da terceira época, com a agente completamente transformada, mil vezes mais solta (e letal) do que a personagem que conhecemos em 2018, tudo graças à forma como o fascínio mútuo que há entre ela e a assassina que lhe mudou completamente a vida e revelou facetas dela que ela nunca tinha conseguido explorar antes. Já Villanelle, por sua vez, parece estar a tentar ser melhor pessoa, recorrendo para isso à igreja, chegando mesmo a ser baptizada e a ser guiada por visões de Jesus Cristo. Mas poderá alguém com ela, uma órfã treinada para matar, que sempre fez disso vida, mudar?
Eve, bem como a sua ex-patroa Carolyn, continua a querer destruir os 12, uma misteriosa organização secreta que empregava Villanelle sem esta saber e matou o filho de Carolyn. Isso põe-nas à volta do mundo, pela Europa, sempre no encalço de novas pistas e pessoas. Pode não ser a série que era nos tempos de Waller-Bridge, mas os próximos cinco episódios, os derradeiros que se seguem aos três já disponíveis e sairão nos próximos domingos, dirão se é um final digno para a história de Eve e Villanelle.