Um peso na consciência da Europa

As imagens de milhões de refugiados, os bairros residenciais a arder, a morte e o desespero que grassam no cerco cada vez mais apertado das garras de Putin mostram que os agressores estão a cumprir o seu plano e os que se lhe opõem estão a falhar

Dez dias depois do ataque da Rússia à Ucrânia, o Ocidente começa a acumular danos morais da impotência. Uma a uma, as cidades ucranianas continuam a ser violentamente bombardeadas e a cair nas mãos de Putin. A Europa move-se, mas o muito que faz não chega. A união reforçada responde a uma ameaça que convoca os piores fantasmas do “continente selvagem”, como lhe chamou o historiador Keith Lowe. A relação transatlântica ganhou uma nova dinâmica. Sanções duríssimas foram aprovadas. Abandonaram-se estatutos de neutralidade históricos. A Alemanha rearma-se. Um certo espírito de solidariedade internacionalista que faz lembrar as Brigadas Internacionais que acudiram à Espanha Republicana renasceu. Nada, porém, parou a barbárie.

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Dez dias depois do ataque da Rússia à Ucrânia, o Ocidente começa a acumular danos morais da impotência. Uma a uma, as cidades ucranianas continuam a ser violentamente bombardeadas e a cair nas mãos de Putin. A Europa move-se, mas o muito que faz não chega. A união reforçada responde a uma ameaça que convoca os piores fantasmas do “continente selvagem”, como lhe chamou o historiador Keith Lowe. A relação transatlântica ganhou uma nova dinâmica. Sanções duríssimas foram aprovadas. Abandonaram-se estatutos de neutralidade históricos. A Alemanha rearma-se. Um certo espírito de solidariedade internacionalista que faz lembrar as Brigadas Internacionais que acudiram à Espanha Republicana renasceu. Nada, porém, parou a barbárie.