Conselho nacional do PSD vai reunir-se em 14 de março para marcar directas e Congresso

Proposta de calendário eleitoral interno só deverá ser divulgada mais perto da data do conselho nacional

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Rui Rio disse que queria sair da liderança até ao início do Verão Daniel Rocha

O conselho nacional do PSD vai reunir-se em 14 de Março para aprovar a data das eleições directas para escolher o próximo presidente do partido e do congresso, decidiu a direcção social-democrata.

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O conselho nacional do PSD vai reunir-se em 14 de Março para aprovar a data das eleições directas para escolher o próximo presidente do partido e do congresso, decidiu a direcção social-democrata.

A comissão política nacional (CPN) do PSD reuniu-se nesta quinta-feira à noite, por via digital, e de acordo com relatos feitos à Lusa por fontes presentes na reunião, vai requerer a convocação desta reunião extraordinária do órgão máximo entre congressos para daqui a dez dias.

O local do Conselho Nacional ainda não ficou fechado, mas Ovar (Aveiro), município presidido pelo vice-presidente Salvador Malheiro, é uma das hipóteses.

Na reunião, de acordo com as mesmas fontes, a direcção alargada discutiu também a proposta de calendário eleitoral interno a levar ao Conselho Nacional e que deverá passar pelas balizas temporais que têm sido defendidas publicamente pelo presidente do PSD, Rui Rio, que quer ver a sua sucessão resolvida até ao final do primeiro semestre (entre final de Maio e meados de Junho).

No entanto, a proposta oficial de regulamentos e cronograma da CPN a levar a votos no conselho nacional só será fechada e divulgada mais perto da data da reunião.

De acordo com os estatutos do PSD, o Conselho Nacional reúne ordinariamente de dois em dois meses e, extraordinariamente, a requerimento da Comissão Política Nacional, da direcção do Grupo Parlamentar, ou de um quinto dos seus membros.

A última reunião do Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre Congressos, realizou-se há menos de duas semanas em Barcelos.

Em 19 de Fevereiro, foi aprovada uma proposta subscrita pela maioria das distritais para que, num prazo máximo de vinte dias (ou seja, até 11 de Março), se realizasse uma nova reunião deste órgão para aprovar o calendário de eleições directas e Congresso.

No entanto, o presidente do Conselho Nacional, Paulo Mota Pinto, alertou nessa ocasião que só seria marcada nova reunião depois de o presidente do PSD, Rui Rio, e a direcção abrirem o processo eleitoral, sendo a reunião de quinta-feira da comissão política o primeiro passo nesse sentido.

Rui Rio, que foi reeleito no final de Novembro do ano passado, confirmou que iria deixar a liderança do PSD - cargo que ocupa desde Janeiro de 2018 - na sequência da derrota eleitoral nas legislativas, mas tem pedido “tranquilidade e serenidade” no processo eleitoral.

Se no conselho nacional de Barcelos Rio até colocou três cenários para a sua saída - incluindo ficar até ao final do mandato ou ficar um ano desde que existisse uma razão de “interesse público” -, o presidente do PSD reiterou no domingo querer que o processo fique resolvido até ao Verão, até ao final dos trabalhos parlamentares.

Por enquanto, ainda não há nenhum candidato assumido à liderança do PSD - a marcação das eleições directas é normalmente o pontapé de saída do processo - sendo os nomes mais falados o do antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o de Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, até agora o único que afirmou publicamente estar a ponderar disputar a presidência do partido.

Miguel Pinto Luz, Paulo Rangel ou Jorge Moreira da Silva são outros possíveis candidatos que ainda não admitiram ou afastaram essa hipótese.

De acordo com os resultados provisórios das legislativas de 30 de Janeiro, o PSD conseguiu cerca de 29% dos votos e 78 deputados (a confirmar-se um eleito pela Europa quando for repetida a eleição), menos um do que os 79 eleitos em 2019 e ficando a mais de 13 pontos percentuais do PS, que obteve a segunda maioria absoluta da sua história.