Dior reabre loja histórica e museu no coração de Paris
A abertura oficial do complexo, que inclui ainda cafés, jardins e um apartamento para clientes especiais, está marcada para domingo.
A Dior está prestes a reabrir a sua loja-mãe e museu na Avenida Montaigne, em Paris. Depois de dois anos de renovação, a localização histórica da marca está de cara lavada, representando um dos muitos investimentos avultados que o conglomerado de luxo francês LVMH tem feito nas lojas da cidade das luzes.
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A Dior está prestes a reabrir a sua loja-mãe e museu na Avenida Montaigne, em Paris. Depois de dois anos de renovação, a localização histórica da marca está de cara lavada, representando um dos muitos investimentos avultados que o conglomerado de luxo francês LVMH tem feito nas lojas da cidade das luzes.
A abertura oficial do complexo está marcada para este domingo, 6 de Março, seguindo as pisadas de novas aberturas que o grupo tem feito nos últimos meses, incluindo uma loja departamento, La Samaritaine, e dois hotéis de luxo ─ o Cheval Blanc nas margens do rio Sena e o Hotel Bulgari na Avenida George V.
O grupo LVMH tem beneficiado do boom pós-pandémico da procura de bens de luxo, mesmo sem ainda terem regressado os turistas estrangeiros com maior poder de compra, que, nos últimos anos, têm representado grande parte dos lucros desta indústria. “É claro que estamos optimistas que os turistas vão voltar um dia”, lembrou, à Reuters, o presidente executivo da Christian Dior Couture, Pietro Beccari.
No coração da cidade, o novo complexo ocupa mais de dez mil metros quadrados, com cafés, jardins, um restaurante e um apartamento onde podem pernoitar os melhores clientes da marca fundada em 1946 pelo criador Christian Dior. Há, claro, vários andares dedicados ao retalho de roupa, acessórios, decoração e maquilhagem. Junto à loja está o museu La Galerie Dior que percorre os 76 anos de história casa de luxo, incluindo vestidos dessa época, a secretária original do fundador e um provador da primeira loja Dior, recheado de chapéus, luvas e jóias vintage.
O projecto já vinha a ser pensado por Pietro Beccari e o dono da LVMH, Bernard Arnault, desde 2018, quando o primeiro assumiu a presidência da Christian Dior, contou o próprio. O executivo recusou-se, todavia, a revelar detalhes financeiros do projecto megalómano, que implicou a saída das oficinas históricas da marca e dos 400 empregados daquele espaço para uma segunda cave. “O edifício foi mantido em pé por micropólos durante semanas ─ não dormi muito bem”, confessou.
A Dior pertence ao grupo LVMH (então Moët-Hennessy) desde 1968. Nos últimos dias, o conglomerado de luxo reagiu à tragédia que se vive na Ucrânia e, num comunicado partilhado nas redes sociais, garantiu estar a assegurar a segurança dos 150 colaboradores naquele país, dando suporte financeiro. Além disso, decidiram contribuir com cinco milhões de euros para a Cruz Vermelha Internacional para “ajudar directa e indirectamente as vítimas deste conflito”.