Portugal quer ser reconhecido como “parceiro” internacional na governação dos oceanos
Até sexta-feira, o mar vai estar no centro das discussões de cientistas portugueses e franceses, mas também empresários e políticos no Museu de História Natural de Paris, numa iniciativa que integra a Temporada Cruzada entre França e Portugal.
Portugal quer ser reconhecido pela comunidade internacional como um parceiro implicado na governação dos oceanos, disse esta quarta-feira o ministro do Mar, na abertura do Fórum do Oceano, que junta cientistas portugueses e franceses, em Paris.
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Portugal quer ser reconhecido pela comunidade internacional como um parceiro implicado na governação dos oceanos, disse esta quarta-feira o ministro do Mar, na abertura do Fórum do Oceano, que junta cientistas portugueses e franceses, em Paris.
“A política portuguesa para os oceanos é favorável a uma economia azul sustentável, no quadro de um oceano são e com a ajuda do conhecimento científico, fazendo reconhecer Portugal como um parceiro implicado na governação dos oceanos” afirmou Ricardo Serrão Santos.
A abertura deste encontro internacional aconteceu no auditório do Centro Internacional de conferências da Sorbonne e contou ainda com a participação de, ministra do Mar francesa, Annick Girardin, presidente do Museu de História Natural, Bruno David, e da presidente da Sorbonne, Nathalie Drach-Temam.
Até sexta-feira, o mar vai estar no centro das discussões de cientistas portugueses e franceses, mas também empresários e políticos no Museu de História Natural de Paris, numa iniciativa que integra a Temporada Cruzada entre França e Portugal.
“As relações entre Portugal e a França são muito particulares, de certeza porque temos os dois este laço com o mar, que é muito forte”, referiu a ministra Annick Girardin, acrescentando que não é por acaso que França e Portugal são os únicos dois países da União Europeia com um ministério dedicado exclusivamente ao mar.
O conhecimento científico sobre este território ainda desconhecido em grande parte, é essencial para a tomada de decisões que devido às alterações climáticas têm um impacto importante para o futuro da Humanidade.
“A complexidade dos fenómenos aos quais estamos confrontados exigem informações científicas fiáveis para apoiar negociações políticas claras, não podemos negociar sobre o clima ou decidir uma moratória, não há sindicatos ou confederações que representem estes fenómenos, a nossa ferramenta é o conhecimento científico e a mudança de comportamentos”, declarou Ricardo Serrão Santos.
O evento em Paris acontece poucas semanas depois da Cimeira do Mar em Brest que reuniu líderes do Mundo inteiro, incluindo Emmanuel Macron e também Marcelo Rebelo de Sousa. Este fórum quer também marcar o caminho para a Conferência dos Oceanos, organizada por Portugal e pelo Quénia, no mês de Junho em Lisboa.
De forma a transformar este encontro num evento cruzado, uma outra edição do Fórum Oceano vai realizar-se em Lisboa, a 2 de Setembro, com o tema “O Atlântico uma visão franco-portuguesa partilhada”.
A Temporada Portugal-França 2022 é uma iniciativa de diplomacia bilateral entre Portugal e França, que visa aprofundar o relacionamento cultural entre os dois países.
Conta com uma programação que decorrerá entre Fevereiro e Outubros deste ano, em várias áreas, entre espectáculos, exposições e manifestações de gastronomia, entre outros eventos.