Avaliação das casas fixa novo recorde com subida de sete euros em Janeiro

Número de avaliações aumentou quase 20% na comparação homóloga, totalizando perto de 30 mil, menos 544 face a Dezembro de 2021.

Foto
Rui Gaudencio

A avaliação dos imóveis no âmbito de pedidos de crédito continua a reflectir um incremento de valor, fixando um novo recorde, embora em ligeira desaceleração face ao final de 2021.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A avaliação dos imóveis no âmbito de pedidos de crédito continua a reflectir um incremento de valor, fixando um novo recorde, embora em ligeira desaceleração face ao final de 2021.

O valor mediano das avaliações subiu para 1292 euros por metro quadrado (m2) em Janeiro, mais sete euros que o observado em Dezembro, mês em que aumentou 13 euros face a Novembro.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE, trata-se de um aumento de 10,4% em termos homólogos, que compara com 11,2% em Dezembro de 2021, com todas as regiões a apresentarem variações homólogas positivas, sendo a menor na região Norte (0,5%).

A variação face ao último mês do ano passado foi de apenas 0,5% (1285 euros/m2), com o maior aumento a registar-se na Região Autónoma dos Açores (3,4%).

O valor mediano foi extraído a partir de 29.768 avaliações realizadas, mais 19,8% que no mesmo período do ano anterior, e menos de 544 ou 1,8% que em Dezembro, ou seja, também em ligeira desaceleração. Das avaliações realizadas, 19.131 foram apartamentos e 10.637 moradias.

Por tipo de habitação, o valor mediano de avaliação dos apartamentos foi de 1437 euros/m2, um aumento de 11,9% relativamente a Janeiro de 2021, com o valor mais elevado registado no Algarve (1781 euros/m2) e o mais baixo no Alentejo (919 euros/m2). Neste segmento, o Algarve apresentou ainda o crescimento homólogo mais expressivo (17,1%), tendo o Alentejo apresentado o menor (6,4%).

Comparativamente com ao mês anterior, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 1,3%, tendo o Algarve registado a maior subida (3,5%), tendo havido apenas uma descida, na Região Autónoma dos Açores (-0,4%).

Nas moradias, o valor mediano da avaliação foi de 1037 euros/m2 em Janeiro, o que representa um acréscimo de 7,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com os valores mais elevados a observarem-se no Algarve (1756 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1750 euros/m2), ao passo que o Alentejo registou o valor mais baixo (843 euros/m2).

O Algarve apresentou novamente o maior crescimento homólogo (13,3%) e o menor ocorreu no Alentejo (3,6%).

No total do ano de 2021, o valor mediano de avaliação bancária situou-se em 1231 euros/m2, mais 9% do que em 2020.