Estátua de cera de Vladimir Putin retirada do Museu Grévin de Paris
A imagem, que foi criada em 2000, pouco tempo depois de Putin assumir o poder no Kremlin, foi transferida para um armazém até nova ordem.
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O Museu Grévin de Paris retirou, esta terça-feira, a figura de cera do Presidente russo Vladimir Putin em protesto contra a invasão da Ucrânia e depois de a estátua sido danificada por visitantes durante o fim-de-semana.
A imagem, que foi criada em 2000, pouco tempo depois de Putin assumir o Kremlin, foi transferida para um armazém até nova ordem e o museu está a considerar a sua substituição por uma figura em cera do Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
“Hoje já não é possível apresentar uma personagem como ele... Pela primeira vez na história do museu, estamos a retirar uma estátua devido a acontecimentos em curso”, disse o director do museu Yves Delhommeau à rádio France Bleu. Um porta-voz do museu disse ainda que não é claro em que circunstâncias a estátua poderá regressar.
Questionado sobre quem poderia agora substituir Putin no local vazio entre as estátuas do Presidente dos EUA, Joe Biden, e do Presidente chinês, Xi Jinping, Delhommeau disse que poderia ser Zelensky, chefe de Estado da Ucrânia.
“Talvez o Presidente Zelensky tome o seu lugar... tornou-se um herói por ter resistido e por não ter fugido do seu país. Ele poderia perfeitamente ocupar o seu lugar entre os grandes homens da história de hoje”, declarou.
Durante o fim-de-semana, a estátua sofreu ataques de visitantes. “Dado o que aconteceu, nós e o nosso pessoal não queremos ter de lhe arranjar o cabelo e a aparência todos os dias”, disse Delhommeau. Mas esta não é a primeira vez que a estátua de cera no museu parisiense é alvo de ataques. Em 2014, na sequência da anexação da Crimeia pela Rússia, uma manifestante com a expressão “Kill Putin” (morte a Putin) pintada no seu peito nu apunhalou a estátua e esmagou o seu crânio.